A polícia de Brookline prendeu um homem na noite de quarta-feira depois que ele disparou uma espingarda de chumbinho do lado de fora de uma sinagoga, quebrando a janela de um carro.
O incidente, ocorrido no início do feriado judaico de Yom Kippur, gerou uma grande mobilização policial que levou mais de uma dúzia de agentes ao Templo Beth Zion, localizado na 1566 Beacon Street, segundo o relatório policial. No entanto, as autoridades afirmaram que não havia indícios de que o templo fosse o alvo.
Carlos Gouvea, de 43 anos, professor visitante da Faculdade de Direito de Harvard e professor da USP, casado com Mariana Pargendler, professora titular de Harvard, foi acusado de disparo ilegal de arma de chumbinho, conduta desordeira, perturbação da paz e dano malicioso à propriedade privada.
De acordo com o relatório, Gouvea disse à polícia que estava caçando ratos.
Nem ele nem o advogado listado nos autos responderam aos pedidos de comentário. Gouvea foi apresentado ao Tribunal Distrital de Brookline na quinta-feira e declarou-se inocente de todas as acusações, conforme os registros judiciais.
A polícia foi acionada ao templo às 21h07 de 1º de outubro, após o relato de um homem armado.
Quando os agentes chegaram, dois seguranças privados que trabalhavam no local durante o feriado informaram que haviam acabado de ter um confronto com Gouvea, que mora nas proximidades.
Após ouvirem dois “disparos altos”, os seguranças olharam para a rua e viram Gouvea segurando a espingarda de chumbinho. Eles se aproximaram, ele colocou a arma no chão e houve uma “breve luta física”, segundo o relatório.
Gouvea teria “avançado em direção à arma” e, em seguida, corrido para sua residência, a poucos metros da sinagoga.
A polícia o encontrou em frente à casa, o algemou na calçada e efetuou a prisão.
Gouvea “admitiu ter usado a espingarda de chumbinho para caçar ratos na região. Foi advertido de que isso era perigoso e de que deveria estar ciente do alarme que havia causado”, diz o relatório.
Mais tarde, os agentes encontraram a janela de um carro estacionado quebrada e um projétil de chumbinho dentro do veículo.
Segundo o Harvard Crimson, Gouvea foi colocado em licença administrativa após a prisão.