O programa de liberação antecipada de presos no Reino Unido, promovido pelo Partido Trabalhista para “aliviar a superlotação” nas prisões, libertou erroneamente mais de 30 detentos que não atendiam aos requisitos para participar.
O programa, que permitiu a liberação antecipada de 1.750 prisioneiros após cumprirem 40% de suas sentenças (menos do que o mínimo original de 50%), resultou na soltura indevida de aproximadamente três dezenas de detentos inelegíveis.
O Ministério da Justiça tentou justificar o erro afirmando que as condenações ainda estavam em vigor, que os infratores estavam sendo monitorados desde sua libertação e que a segurança pública continuava sendo uma prioridade. A maioria dos 37 presos soltos por engano, que haviam violado ordens de restrição, já foram recapturados, embora cinco ainda estejam em liberdade.
Desde que foi eleito em julho, o governo de Sir Keir Starmer alegou ter herdado uma “crise carcerária” da administração conservadora anterior. A ideia do plano de liberação antecipada — que exclui apenas os presos condenados a quatro anos ou mais por crimes violentos graves — era liberar espaço no sistema prisional masculino. Contudo, após protestos relacionados ao assassinato de três jovens em um ataque a faca em uma aula de dança em Southport, Starmer também sugeriu o aumento da população carcerária com condenações por desordem pública.
Mais presos serão liberados em outubro, e parte do grupo solto em setembro já voltou à prisão, seja por descumprimento das condições de liberdade, reincidência grave ou falta de dispositivos de monitoramento eletrônico, devido à escassez de equipamentos, de acordo com o jornal The European Conservative.