O regime de Nicolás Maduro realizou 54 prisões políticas apenas no último mês, segundo denúncia do Comitê de Direitos Humanos do partido Vente Venezuela (VV), liderado pela vencedora do Prêmio Nobel da Paz, María Corina Machado. A maior parte dos detidos seria composta por ativistas vinculados à oposição.
O coordenador nacional do comitê, Orlando Moreno, afirmou que 22 dos presos são militantes do Vente Venezuela, oito pertencem a outros partidos políticos e 14 são membros da sociedade civil. Ele classificou a onda de detenções como parte de uma “campanha de terror de Estado” contra dissidentes.
De acordo com o jornal Versión Final, com base em dados compilados até o fim de outubro, 44 pessoas permanecem presas, enquanto apenas 10 foram libertadas. Entre os detidos estão também estudantes da Universidade Central da Venezuela (UCV), presos em ações coordenadas pela polícia política.
“Em média, ocorreu uma prisão a cada 15 horas, um número alarmante que resultou em dezenas de famílias física e emocionalmente afetadas, simplesmente por pensarem diferente”, declarou Moreno.
Ele acrescentou que os números refletem apenas casos confirmados, sem contabilizar possíveis sequestros ou desaparecimentos forçados não reportados por medo ou censura.
O aumento das prisões ocorre em meio à pressão internacional crescente sobre o regime venezuelano, após a intensificação de sanções dos Estados Unidos e denúncias de crimes contra a humanidade apresentadas à Corte Penal Internacional (CPI).
María Corina Machado, reconhecida com o Prêmio Nobel da Paz de 2025 por sua defesa da democracia na América Latina, afirmou recentemente que “a repressão é o último recurso de um regime em colapso”.
				
								
								
															




