Foto - EFE/ Ronald Peña R.
A Procuradoria da Venezuela acusa o candidato a presidência de uma série de crimes, como “conspiração” e “falsificação de documentos públicos”
A Procuradoria-Geral da Venezuela solicitou nesta segunda-feira, 2, a a prisão do líder da oposição Edmundo González.
O oposicionista derrotou Nicolás Maduro nas eleições presidenciais do dia 28 de julho, segundo as atas das mesas de votação.
Segundo o documento emitido pela Procuradoria-Geral da Venezuela, Gonzáles teria cometido crimes de “usurpação de funções”, “falsificação de documentos públicos”, “instigação à desobediência das leis”, “conspiração” e “sabotagem e danos a sistemas informáticos”.
O Ministério Público atribui estes crimes a González porque o site “Resultados com VZLA”, que pertence à coligação oposicionista Plataforma Democrática Unitária (PUD), publicou algumas atas das eleições que mostravam a derrota de Maduro com ampla margem.
Ameaça de prisão contra opositor
González não compareceu na última sexta-feira, 30, à terceira intimação para depor em frente ao Ministério Público venezuelano, e por isso estava correndo o risco de ser preso.
González gravou uma mensagem de vídeo publicada no X anunciando não compareceria frente ao Ministério Público, pois acredita que órgão não lhe está dando um tratamento justo, mas sim “pré-qualificando crimes não cometidos”.
Há um mês das eleições na Venezuela as atas das urnas não foram publicadas. Mesmo assim, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), controlado pelo chavismo, proclamou Maduro vencedor.