O governo trabalhista do Reino Unido está recuando em relação à controversa Lei de Segurança Online após forte oposição da equipe do presidente Donald Trump, que classificou a legislação como “orwelliana” e uma ameaça à liberdade de expressão.
A lei, que inicialmente previa multas de até 10% do faturamento anual das gigantes das redes sociais por não removerem conteúdos considerados “nocivos”, agora poderá ser revista para evitar tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos e garantir um acordo comercial com o governo Trump.
A equipe do presidente Trump manifestou forte resistência à Lei de Segurança Online do Reino Unido, argumentando que a legislação representaria censura e violaria princípios fundamentais da liberdade de expressão. Sob ameaça de sanções tarifárias, o governo britânico sinalizou estar disposto a reformular a proposta para evitar impactos negativos nas relações comerciais entre os dois países.
O impasse ocorre em meio às negociações para um acordo de livre comércio entre EUA e Reino Unido, uma das prioridades da nova administração americana. A imposição de tarifas retaliatórias poderia prejudicar a economia britânica, forçando o governo do primeiro-ministro Keir Starmer a reconsiderar sua posição.
A revisão da lei britânica pode influenciar outros países da União Europeia e do Ocidente, onde regulamentos semelhantes sobre conteúdos digitais estão sendo debatidos. O posicionamento do governo Trump reforça a postura dos Estados Unidos contra medidas que limitem a liberdade de expressão em plataformas online, o que pode impactar futuras regulamentações de big techs ao redor do mundo.