Há anos há suspeitas de que a publicidade das grandes corporações tem sido utilizada para avançar agendas políticas de um grupo ideológico. Agora, um relatório bombástico publicado pelo Comitê Judiciário da Câmara dos Representantes dos EUA, intitulado “GARM’s Harm: How the World’s Biggest Brands Seek to Control Online Speech”, revela como a Global Alliance for Responsible Media (GARM) coordena ações para controlar o discurso online, impactando a diversidade de conteúdo disponível para os consumidores.
A GARM foi criada em 2019 pela World Federation of Advertisers (WFA), uma associação que representa mais de 150 das maiores marcas do mundo e mais de 60 associações nacionais de anunciantes. Os membros da WFA representam cerca de 90% dos gastos globais com publicidade, quase um trilhão de dólares anualmente. Entre os membros da GARM estão grandes corporações como Unilever, Mars, Diageo e Procter & Gamble, que gastam bilhões em publicidade anualmente. A organização alega trabalhar para a “segurança da marca”, assegurando que os anúncios não apareçam ao lado de conteúdos prejudiciais. Contudo, documentos sugerem que a GARM influencia indiretamente a moderação de conteúdo ao determinar que tipo de conteúdo é monetizado.