O conselheiro presidencial ucraniano Dmitriy Litvin acusou a Rússia nesta quarta-feira (26) de atacar infraestruturas energéticas da Ucrânia pelo menos oito vezes desde que declarou uma trégua de 30 dias sobre os ataques.
Litvin lembrou que a declaração oficial do Kremlin divulgada nesta terça-feira após as negociações com os americanos na Arábia Saudita afirmava que a trégua energética entrou em vigor em 18 de março, quando o ditador russo, Vladimir Putin, disse que havia ordenado que seus militares interrompessem os ataques após uma conversa com Trump.
“Mas a realidade é que, desde 18 de março, nossas infraestruturas de energia foram atingidas por bombas, drones e drones controlados remotamente. Não entraremos em detalhes, mas já houve oito ataques confirmados em nossa infraestrutura energética”, escreveu o assessor em sua conta na rede social X.
Litvin acrescentou que o número de impactos seria muito maior se não fosse pela interceptação desses drones pelas defesas aéreas ucranianas. “Sim, os russos mentem mesmo quando a verdade é óbvia. É simplesmente mentir por mentir. É por isso que qualquer coisa que eles dizem ou prometem deve ser checada duas vezes, e esse é o trabalho dos nossos parceiros agora”, enfatizou.
Rússia acusa Ucrânia de realizar novos ataques
O Ministério da Defesa da Rússia também acusou a Ucrânia nesta quarta-feira de violar a trégua energética anunciada no dia anterior após negociações com os EUA em Riad, capital da Arábia Saudita.
“Apesar das declarações públicas do (presidente ucraniano Volodymyr) Zelensky (…), o regime de Kiev continua seus ataques contra a infraestrutura energética da Rússia”, disse o comunicado militar publicado no Telegram.
De acordo com o comunicado militar desta quarta-feira, as defesas aéreas russas abateram dois drones ucranianos ontem à noite que tinham como alvo uma instalação subterrânea de armazenamento de gás na costa da península anexada da Crimeia.
“Dessa forma, o regime de Kiev (…) está, na verdade, fazendo todo o possível para torpedear os acordos russo-americanos alcançados sobre as medidas graduais para resolver o conflito ucraniano”, alegou o regime de Putin.