Foto: Divulgação/ Crocus City Hall
Homens armados mataram ao menos 115 pessoas na 6ª feira (22.mar.2024) em espaço de eventos próximo a Moscou
Neste sábado (23.mar.2024), o governo da Rússia anunciou a prisão de 11 suspeitos de participação nos ataques à casa de shows Crocus City Hall, localizada a cerca de 30 km da Praça Vermelha, em Moscou.
Entre os detidos, estão 4 supostos atiradores, segundo a BBC e a Russian Today. Não há informações sobre outros procurados. Ao menos 115 pessoas morreram e 121 ficaram feridas no episódio.
“Já foi estabelecido que o ataque terrorista foi cuidadosamente planejado. As armas que os terroristas usaram foram colocadas antecipadamente em um esconderijo”, disse o Serviço Federal de Segurança da Rússia.
Segundo Moscou, ao menos 4 suspeitos planejavam fugir para a Ucrânia e tinham contato com pessoas no país. Autoridades detiveram estes suspeitos na região de Bryansk, próxima à fronteira. Kiev diz que a declaração é “absurda”.
A Russian Today publicou imagens que seriam de um dos suspeitos do ataque. Ele passava por uma espécie de interrogatório feito por agentes russos antes da prisão.
O Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque. A Amaq, agência de notícias associada ao grupo extremista, disse em seu canal no Telegram que “combatentes” atacaram uma “grande concentração de cristãos” em Krasnogorsk, perto da capital russa.
Além do ataque a tiros, um incêndio também atingiu o Crocus City Hall. Ainda não está claro o que causou o início do fogo.
REAÇÃO DO KREMLIN
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, afirmou que se trata um “ataque terrorista sangrento”. Informou que a prioridade naquele momento era resgatar quem ainda estava na casa de shows. Já o Kremlin declarou que nos “primeiros minutos”, comunicaram o presidente Vladimir Putin.
UCRÂNIA NEGA ENVOLVIMENTO
Depois do ataque, o Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia divulgou um comunicado em que nega qualquer responsabilidade do país no episódio. Disse que Kiev considera as acusações russas de que teria envolvimento no ataque como uma “provocação planejada pelo Kremlin”.
BRASIL LAMENTA
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se manifestou às 18h59 de 6ª feira (22.mar). Chamou o ataque ao Crocus City Hall de “ato de terrorismo” e que não se tem notícia de brasileiros entre as vítimas.
