Secretário da Fazenda contradiz Lula sobre taxação das big techs americanas

Dario Durigan diz que há discussões internas, mas não para retaliar os EUA imediatamente por tarifaço de 50% aos produtos brasileiros. Leia na Gazeta do Povo.

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou nesta terça (22) que o governo não está discutindo neste momento a taxação de empresas de tecnologia norte-americanas como resposta à taxação de 50% imposta pelo presidente Donald Trump às exportações brasileiras aos Estados Unidos a partir do dia 1º de agosto.

A declaração contradiz diretamente uma fala recente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que defendeu a cobrança de impostos das chamadas “big techs”.

“A gente tem amadurecimento técnico em torno desse assunto. Mas isso não tem sido tratado, por enquanto, no âmbito do governo. Eu vi que tem discussão. Mas não temos tratado desse tema no contexto da discussão dos Estados Unidos”, afirmou a jornalistas.

Segundo Durigan, embora a taxação das big techs já tenha sido cogitada no passado como uma alternativa para reforçar o Orçamento — especialmente diante da prorrogação da desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia e de municípios —, essa proposta não avançou.

A fala do secretário-executivo da Fazenda contraria diretamente o que Lula disse na última quinta (17) durante um evento da União Nacional dos Estudantes (UNE). O petista prometeu reagir ao tarifaço imposto por Trump.

“Ele [Trump] disse que não queria que as empresas fossem cobradas no Brasil. O mundo tem que saber que esse país é soberano porque o povo tem orgulho. E a gente vai comprar imposto das empresas americanas digitais”, afirmou.

Crédito Gazeta do Povo

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