Sem acordo: Jojo Todynho recusa se retratar ao PT

A sigla do presidente Lula acusa a cantora de difamação; ela afirma ter rejeitado uma proposta milionária para apoiar a candidatura do petista

Durante audiência judicial realizada por videoconferência, a cantora e influenciadora Jojo Todynho rejeitou a possibilidade de retratação pública ao Partido dos Trabalhadores (PT). Mesmo apresentando uma proposta alternativa, a tentativa de acordo entre as partes não avançou.

Declarações da cantora no podcast “Conversa Paralela”, do Brasil Paralelo, motivaram a ação. Jojo afirmou ter recebido uma oferta de R$ 1,5 milhão para apoiar a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva em 2022.

Segundo Jojo, a proposta teria sido feita por telefone e formalizada em um almoço.

“Me ofereceram R$ 1,5 milhão para fazer campanha quando Lula veio candidato a presidente”, contou Jojo. “Todos os artistas que fizeram campanha política ganharam money.”

Jojo publicou um vídeo em suas redes sociais, ao lado de seus advogados, informando sobre a decisão de recusar o pedido para uma retratação. A audiência ocorreu nesta quinta-feira 18.

De acordo com os advogados, a ação do PT é baseada em uma falha de interpretação de texto.

“O artigo 139 do Código Penal, que trata sobre o crime de difamação, exige um fato concreto e uma pessoa determinada”, explicou o advogado Bruno Mezzadri. “Na oração ‘me ofereceram’ não há sujeito determinado; portanto, a queixa-crime movida pelo PT é inepta.”

Argumentos do PT

O PT sustenta que a fala de Jojo representa um “infundado ataque” e que ela teria vinculado o partido a uma conduta “socialmente reprovável”.

A sigla do presidente Lula ainda alega que os órgãos de controle identificariam facilmente esse tipo de prática.

O partido também destacou que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou as contas da campanha de 2022.

Na queixa-crime, o PT acusa Jojo Todynho de difamação, ressaltando que, mesmo sendo pessoa jurídica, a legenda possui “honra objetiva” e direito à reputação.

O partido pede que, caso condenada, a artista receba as penas máximas previstas em lei. O artigo 139 do Código Penal prevê pena máxima de um ano de detenção e multa.

Impasse

Representantes do PT informaram estar dispostos a um acordo caso a influenciadora admitisse publicamente que suas alegações eram infundadas.

Jojo recusou, alegando que sua atitude não foi “típica” e manteve sua versão dos fatos. A contraproposta oferecida por ela não foi aceita pelo partido.

O Ministério Público do Rio de Janeiro solicitou abertura de vista para apresentar manifestação sobre a queixa-crime do PT.

Caso o processo avance, Jojo Todynho terá a chance de apresentar defesa formal.

Crédito Revista Oeste

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