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Senado aprova Gabriel Galípolo para presidência do Banco Central

Economista conseguiu 66 votos favoráveis e 5 contrários; assume o cargo em 2025

Gabriel Galípolo teve o nome aprovado pelos senadores para assumir a presidência do Banco Central (BC) a partir de janeiro de 2025. Ele substituirá Roberto Campos Neto, cujo mandato na instituição financeira vai até o dia 31 de dezembro. 

O economista precisava da maioria simples (41) para ser aprovado para o cargo. Ao todo, Gabriel Galípolo recebeu 66 votos favoráveis e 5 contrários, durante votação nesta terça-feira, 8. Não houve abstenções.

Entre a manhã e início da tarde desta terça-feira, o doutor em em economia política pela Universidade de São Paulo (USP) passou por sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal — tendo o nome aprovado por unanimidade na sessão.

Galípolo passou mais de 4h30 respondendo às perguntas dos senadores da CAE. Falou sobre temas como apostas esportivas e a importância da autonomia do Banco Central.

Aos parlamentares, o economista disse que vai ter “liberdade” para tomar decisões ao assumir a presidência da instituição, em 2025.

“Toda vez que me foi concedida a oportunidade de encontrar o presidente Lula, eu escutei de forma enfática e clara a garantia da liberdade na tomada de decisões, e que o desempenho da função deve ser orientado exclusivamente pelo compromisso com o povo brasileiro”, declarou.

Gabriel Galípolo vem do governo Lula

Ainda em 2022, Gabriel Galípolo foi convidado a integrar o governo Lula. Foi chamado para assumir o posto de secretário-executivo do Ministério da Fazenda, sob comando de Fernando Haddad. Um ano depois, o economista foi indicado pelo governo federal para a diretoria de Política Monetária do BC. 

O economista foi visto como a oportunidade de inserir no Banco Central alguém com uma visão mais favorável a políticas de crescimento econômico e à redução das altas taxas de juros, temas que têm sido fonte de atrito entre o governo e a instituição.

Galípolo tornou-se um defensor da política econômica do governo, marcada por uma forte intervenção estatal e uma clara insatisfação com a autonomia do BC, especialmente com a gestão do atual presidente, Roberto Campos Neto. 

O atual diretor do BC moldou-se para ser uma voz alinhada com o discurso de Lula contra a alta taxa de juros, que o governo culpa pelo fraco desempenho econômico, em vez de admitir falhas estruturais na condução da política fiscal.

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