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STF: ações contra Paes por caixa 2 e corrupção devem ser julgadas pela Justiça Eleitoral

Foto - Tânia Rêgo

A 2ª Turma do colegiado declarou a incompetência de vara federal do RJ e permitiu acesso de Paes às denúncias vindas de delações premiadas

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que as ações de caixa 2 e corrupção passiva contra o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), devem ser julgadas pela Justiça Eleitoral.

Em sessão virtual, a Corte declarou, portanto, a incompetência da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro para analisar o caso. A decisão é da última sexta-feira, 28. 

Relator da ação no STF, o ministro Gilmar Mendes afirmou, em seu voto, que os fatos referentes ao caso de Eduardo Paes têm relação com supostos ilícitos nas campanhas do prefeito e do seu então partido, MDB, na campanha eleitoral municipal de 2012. 

Apesar da existência de denúncias de crimes comuns, o magistrado entende que é evidente o vínculo das ações com crimes do Código Eleitoral. Por isso, sustentou a decisão de enviar o caso à Justiça Federal. 

Delações premiadas citaram o prefeito Eduardo Paes

O ex-presidente da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro relatou que Eduardo Paes teria recebido R$ 40 milhões em propina para a campanha eleitoral de 2012. O Superior Tribunal de Justiça homologou a delação premiada em 2019. 

Também em delação premiada, executivos da construtora OAS relataram que o então candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro recebeu R$ 25 milhões. Na semana passada, o ministro Gilmar Mendes permitiu que a defesa de Paes tivesse acesso aos depoimentos dos delatores que o incriminam.

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