Objetivo é proporcionar um momento de relaxamento aos magistrados
Na véspera do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de mais sete acusados, o Supremo Tribunal Federal (STF) vai disponibilizar, nesta segunda-feira, 1º, uma sessão virtual de meditação para os ministros.
O objetivo é proporcionar um momento de relaxamento antes do começo do julgmento sobre a suposta trama golpista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
A iniciativa, promovida toda semana pela Secretaria de Saúde do STF, é destinada não só aos ministros, mas também a servidores, terceirizados e estagiários. Segundo o Estadão, a intenção é “melhorar a saúde e reduzir o estresse” dos magistrados.
A prática escolhida é a meditação Raja Yoga, realizada com os olhos abertos e adaptada a qualquer ambiente, inclusive no local de trabalho.
Detalhes da sessão de meditação para os ministros do STF
O encontro, com duração de 30 minutos, ocorre por videoconferência e está acessível a participantes de todos os níveis, inclusive iniciantes. Os exercícios são simples e não há necessidade de nenhum ritual ou preparação específica para participar da atividade.
O julgamento de Bolsonaro pela suposta tentativa de golpe de Estado começa nesta terça-feira, 2, em um colegiado restrito do STF: a Primeira Turma, formada por cinco ministros. A decisão surpreende porque, tradicionalmente, ex-presidentes da República são julgados pelo plenário, que reúne os 11 integrantes da Suprema Corte.
O ponto central está no regimento interno do STF. As regras determinam que ações penais e inquéritos sejam distribuídos por sorteio a um ministro, que passa a ser o relator.
As acusações contra Bolsonaro
Quando tem origem em um inquérito já existente, um processo deve ser anexado ao mesmo relator. Permanece sob a competência da turma à qual esse ministro pertence.
No caso de Bolsonaro, as acusações foram vinculadas ao inquérito das Fake News (origem) e, posteriormente, ao inquérito dos Atos Antidemocráticos. Ambos estão sob a relatoria de Alexandre de Moraes, integrante da Primeira Turma. Por isso, o processo não foi deslocado ao plenário.