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Substituta de opositora na Venezuela não teve registro concluído para concorrer contra Maduro, e novo nome da oposição se inscreve de última hora

 Legenda Rosales - Foto: Federico Parra/AFP

Corina Yoris teve um impedimento para finalizar registro da candidatura na plataforma do órgão eleitoral venezuelano, conforme denunciado pela oposição.

Prazo terminou na segunda (25). Yoris substituiu Maria Corina Machado, que teve candidatura cassada. Outro candidato da oposição, Manuel Rosales, conseguiu se inscrever de última hora.

As eleições serão disputadas em 28 de julho. Nicolás Maduro buscará o terceiro mandato, que pode levá-lo a 18 anos no poder.

Um dos chefes da coalizão da oposição, Omar Barboza, afirmou que o grupo enfrentou impedimento no para finalizar sua candidatura pelo sistema online do Conselho Nacional Eleitoral, e, por isso, não efetivou o registro da candidatura de Corina Yoris.
Na manhã da segunda-feira, 25, Corina afirmou que a frente de oposição havia feito todas as tentativas, mas que o sistema estava totalmente fechado.

“Tentamos ir pessoalmente ao Conselho Nacional Eleitoral para entregar uma carta solicitando uma prorrogação e nem mesmo fisicamente pudemos fazê-lo”.

De última hora, outro nome da oposição, o governador do estado de Zúlia, Manuel Rosales, decidiu se inscrever e conseguiu completar seu registro no Conselho Nacional Eleitoral.

Rosales, que não pretendia se lançar candidato, será agora o principal concorrente de Maduro nas urnas. Com perfil pragmático e negociador, ele concorrerá pelo Um Novo Tempo (UNT), partido também de oposição.

Nesta segunda, a opositora Maria Corina Machado disse que ainda analisaria se sua coalização vai apoiar Rosales.

governo brasileiro também se pronunciou sobre o caso. Em nota, emitida hoje, 26, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) disse que acompanha com “expectativa e preocupação” o processo eleitoral na Venezuela.

Analistas afirmam que o bloqueio a Corina Youris tem motivação política. O cientista político Jorge Morán afirmou à agência de notícias AFP que o chavismo busca repetir o cenário de 2018, quando a oposição boicotou as eleições presidenciais vencidas por Maduro.

Filósofa e professora universitária, Yoris, 80 anos, nunca trabalhou na administração pública, e seu nome aparece limpo na base de dados do Conselho Nacional Eleitoral.

Maduro formalizou sua candidatura

Diferentemente da Corina, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, não teve “problemas” e formalizou nesta segunda-feira (25) sua candidatura à reeleição.

Ele chegou ao Conselho Nacional Eleitoral acompanhado de militantes convocados pelo partido governista, o PSUV.

Outro adversário

Um grupo de sete países latino-americanos (Argentina, Costa Rica, Equador, Guatemala, Paraguai, Peru e Uruguai) publicaram um comunicado em conjunto no qual expressaram preocupação com os contínuos impedimentos no registro, sendo mais recente de Corina Yoris.

Analistas descartam a sua candidatura e falam em buscar um outro candidato, com menos ligações com María Corina Machado. O consenso, no entanto, é de que qualquer nome inscrito pela oposição deve ser apoiado pela opositora.

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