Temer também elogiou a atuação de Moraes no comando do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante as eleições de 2022.
O ex-presidente Michel Temer (MDB) disse que não considera o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, radical. A prova disso, segundo Temer, seriam as decisões do ministro que flexibilizaram prisões de envolvidos no 8 de janeiro, do ex-presidente Fernando Collor e do ex-deputado Roberto Jefferson.
Temer ainda elogiou a atuação de Moraes no comando do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante as eleições de 2022 e disse que o “Brasil deve muito” ao ministro.
“Daqueles [do] 8 de janeiro, ele já liberou muita gente. Então, ele fez uma coisa adequada no momento que deveria fazer, não é? Para garantir as eleições e está fazendo agora com vistas à pacificação do país […] Aquelas penas de 14, 15, 17 anos devem ser reduzidas. Isso está começando a acontecer. E há instrumentos jurídicos para isso”, afirmou Temer em entrevista à Folha de São Paulo, nesta quarta-feira (15).
Na visão de Temer, as decisões de Moraes que flexibilizaram prisões de envolvidos nos atos do 8/1 não têm nada a ver com a pressão por anistia. Segundo o ex-presidente, essas decisões se deram por uma conduta natural do juiz.
“O Brasil deve muito a ele [Moraes], porque não há dúvida de que ele teve uma coragem jurídica e até pessoal lá no TSE para garantir as eleições”, afirmou.
Aliança entre governadores para terceira via
Recentemente, Temer foi alvo de críticas de parlamentares da direita por articular uma aliança entre os governadores tidos como possíveis substitutos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para a construção de uma terceira via.
Após a repercussão negativa da articulação, Temer minimizou as críticas dizendo que Bolsonaro poderia participar da aliança com os governadores para a construção de um nome capaz de disputar as eleições de 2026 com chances de vitória.
“A harmonia, quando há esta coisa violenta, ela é uma coisa inconstitucional. Enfim, eu acho que hoje o país começa a caminhar para a tese de uma certa harmonia, de uma certa pacificação”, disse.
Crédito Gazeta do Povo