O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, quer usar os minerais críticos nas negociações para tentar reverter ao menos parte dos impactos do tarifaço dos Estados Unidos que entrou em vigor na quarta-feira (6). Entre eles, as chamadas terras raras, essenciais para tecnologias de ponta, carros elétricos e sistemas de defesa.
A carta na manga de Haddad é o fato de que o Brasil tem a segunda maior reserva mundial desses minerais, atrás apenas da China. E Washington busca ativamente diversificar suas fontes de suprimento para proteger sua indústria e autonomia tecnológica.
Em 2020, em seu primeiro mandato, Donald Trump declarou emergência nacional no setor de minerais críticos, visando cortar a dependência da China. Acordos já foram feitos com países como Ucrânia e Indonésia para garantir acesso a esses recursos. O Brasil se encaixa como uma alternativa potencial nesse cenário.