The Atlantic publica mais textos do Signal sobre “plano de guerra”, incluindo detalhes minuto a minuto e armas a serem usadas nos ataques no Iêmen

A revista The Atlantic publicou na quarta-feira ainda mais textos de “plano de guerra”, detalhando minuto a minuto operações e as armas exatas a serem usadas nos ataques no Iêmen — depois que a administração Trump refutou alegações de que detalhes classificados teriam sido compartilhados no bombástico erro do chat no Signal.

O editor-chefe da revista, Jeffrey Goldberg, publicou trechos adicionais da troca de mensagens que, segundo ele, revelaram os detalhes operacionais precisos do bombardeio de 15 de março contra o grupo terrorista Houthi no Iêmen.

“Se este texto tivesse sido recebido por alguém hostil aos interesses americanos — ou alguém meramente indiscreto, e com acesso às redes sociais — os Houthis teriam tido tempo para se preparar para o que deveria ser um ataque surpresa a seus redutos”, escreveu o editor, referindo-se a uma mensagem enviada pelo Secretário de Defesa Pete Hegseth.

Hegseth continuou a informar o grupo de chat sobre o passo a passo, escrevendo que às 14h10, “mais F-18s DECOLAM (2º pacote de ataque)”.

“14h15: Drones de Ataque no Alvo (ESTE É O MOMENTO EM QUE AS PRIMEIRAS BOMBAS DEFINITIVAMENTE CAIRÃO, pendentes alvos anteriores ‘Baseados em Gatilho’)”, escreveu.

“15h36 F-18 2º Ataque Começa – também, primeiros Tomahawks baseados no mar lançados.”

“MAIS A SEGUIR (conforme cronograma)”, Hegseth continuou, antes de acrescentar “Que Deus proteja nossos Guerreiros.”

Então, às 13h48, Goldberg disse que recebeu uma mensagem do conselheiro de segurança nacional de Trump, Mike Waltz, transmitindo inteligência em tempo real do local do ataque.

Trump e outros altos funcionários da administração minimizaram até agora a saga dos textos, insistindo que nenhum material sensível de segurança nacional foi divulgado.

A Diretora de Inteligência Nacional Tulsi Gabbard e o Diretor da CIA John Ratcliffe — que estavam entre os 18 funcionários incluídos no canal de mensagens do Signal — foram enfáticos ao afirmar que não divulgaram informações classificadas quando os democratas os questionaram durante uma audiência na terça-feira.

Durante a audiência, o senador Martin Heinrich (Democrata-Novo México) questionou a dupla sobre quem determinou que o material no chat do Signal não era classificado — mas ninguém deu uma resposta clara.

Apesar dos novos textos, tanto Gabbard quanto Ratcliffe negaram qualquer conhecimento de que as mensagens incluíam detalhes sobre pacotes de armas, alvos ou cronogramas.

Crédito NYP

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