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Trump defende afastamento dos EUA do colapso sírio; Israel concorda

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, enfatizou que os EUA não devem se envolver no iminente colapso do regime sírio liderado por Bashar al-Assad. A declaração ocorre em meio ao avanço rápido de rebeldes terroristas que capturaram cidades estratégicas como Aleppo e Hama, e agora avançam em direção à capital, Damasco.

Trump destacou que, com a Rússia enfraquecida pela guerra na Ucrânia, onde sofreu pesadas perdas, e com o Irã retirando tropas da Síria, Assad está isolado. “A Síria é um caos, mas não é nosso amigo, e OS ESTADOS UNIDOS NÃO DEVEM SE ENVOLVER. ISSO NÃO É NOSSA LUTA”, afirmou Trump em uma declaração contundente.

Israel apoia posição de neutralidade

Autoridades israelenses, em linha com Trump, disseram que a melhor situação para Israel é que os inimigos de Assad continuem a se enfraquecer mutuamente. “Os atores que lutam contra Assad são inimigos dele, mas também nossos inimigos. Portanto, do ponto de vista de Israel, o melhor é que ambos sangrem mutuamente”, afirmou um oficial.

Israel também destruiu um depósito de armas químicas sírias para evitar que caíssem em mãos terroristas, e o Exército de Defesa de Israel (IDF) garantiu estar preparado para proteger suas fronteiras e responder a quaisquer ameaças à segurança de seus cidadãos.

Fatores que aceleraram a crise

O colapso sírio é atribuído a dois fatores principais:

  1. A invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022, que desviou recursos e apoio de Assad.
  2. O ataque do Hamas contra Israel em outubro de 2023, que desencadeou um conflito regional e enfraqueceu grupos como o Hezbollah, que antes apoiavam Assad.

O grupo terrorista Hay’at Tahrir al-Sham (HTS), liderado por Abu Mohammed al-Jolani, desempenhou um papel central no avanço contra Assad. Com uma recompensa de US$ 10 milhões oferecida pelo governo dos EUA por informações sobre al-Jolani, o grupo representa uma nova ameaça na região, especialmente se ganhar acesso a armamentos avançados.

Cenário pós-Assad

Embora a queda de Assad seja amplamente celebrada, há preocupações significativas sobre o que virá a seguir. Analistas alertam que uma Síria dominada por facções jihadistas pode representar sérios riscos à estabilidade regional e à segurança de Israel.

Para Trump e Israel, a estratégia é clara: monitorar os desdobramentos, evitar envolvimento direto e proteger seus interesses estratégicos enquanto a Síria enfrenta um futuro incerto e potencialmente caótico.

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