Trump endurece combate aos cartéis e revoga vistos de 50 políticos e autoridades mexicanas

O governo do presidente Donald Trump revogou os vistos de pelo menos 50 políticos e funcionários do governo do México, a maioria ligada ao partido governista Morena, por conexões com cartéis de drogas.

A medida representa uma guinada na estratégia de segurança dos Estados Unidos, que passou a classificar esses grupos criminosos como organizações terroristas e a usar informações da DEA para desmantelar sua influência na fronteira.

Entre os afetados está a governadora da Baixa Califórnia, Marina del Pilar Ávila, que negou categoricamente qualquer vínculo com o crime organizado. Fontes diplomáticas indicam que as revogações fazem parte de uma pressão inédita para que o México investigue e processe suas elites corruptas — algo que governos anteriores evitaram por razões diplomáticas.

Trump nunca havia adotado uma ação dessa magnitude, o que demonstra sua determinação em colocar a política externa norte-americana a serviço da segurança nacional. A decisão ocorre no contexto de operações mais amplas, como os ataques aéreos contra embarcações de traficantes venezuelanos em setembro.

A presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, afirmou não ter recebido dados oficiais sobre os vistos revogados, ressaltando que o governo dos Estados Unidos considera essas informações pessoais e não as compartilha com autoridades estrangeiras.

A política de Trump se estende a outros países latino-americanos: em setembro, o presidente colombiano Gustavo Petro perdeu seu visto por “ações imprudentes” em Nova York; no Brasil, mais de 20 juízes foram atingidos; e na Costa Rica, pelo menos 14 pessoas, incluindo o ex-presidente e Nobel da Paz Óscar Arias, foram afetadas.

No México, porém, o impacto é mais profundo, atingindo o coração do partido Morena, herdeiro político de Andrés Manuel López Obrador. A medida expõe a infiltração dos cartéis nas estruturas do Estado e seu papel no tráfico de fentanil, responsável por milhares de mortes anuais nos EUA.

Fiel ao lema “America First”, Trump demonstra que não tolerará governos coniventes com o narcotráfico. A decisão é vista por seus apoiadores não apenas como uma medida diplomática, mas como um ato de justiça para as vítimas do fentanil e um recado global: aliados de narco-terroristas não pisam em solo americano.

Crédito Gateway Hispanic

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