Trump envia submarino nuclear e outro navio de guerra à Venezuela

Os Estados Unidos ampliam a presença naval no Caribe desde a semana passada, quando direcionaram 3 destróieres para a região

A escalada de tensões entre Estados Unidos e Venezuela ganha novos contornos nesta semana, com a chegada de mais um navio de guerra e um submarino nuclear norte-americano à costa venezuelana. O envio dos reforços ocorre enquanto Washington intensifica acusações de envolvimento da ditadura de Nicolás Maduro com o narcotráfico.

Depois de serem desviados temporariamente por causa da passagem do furacão Erin, três destróieres da classe Arleigh Burke voltaram a se dirigir ao Caribe nesta segunda-feira, 25. Agora, o grupo naval será reforçado pelo USS Lake Erie, um cruzador capaz de lançar até 122 mísseis, superando o armamento dos destróieres, que possuem 96 mísseis cada um.

O USS Newport News, submarino de propulsão nuclear da classe Los Angeles, também integra a operação. Ele dispõe de 24 mísseis e torpedos lançados horizontalmente, além de 12 tubos verticais para lançamento simultâneo de mísseis Tomahawk.

A presença dessas embarcações aumenta em mais de 50% o poder de fogo norte-americano na região, que ultrapassa todas as capacidades militares de Maduro. Os navios dos EUA até podem enfrentar ameaças, já que Caracas tem mísseis antinavio de origem chinesa, russa e iraniana.

O ditador chegou a anunciar a mobilização de 4,5 milhões de integrantes da Milícia Nacional Bolivariana, uma unidade paramilitar que na verdade só tem 220 mil membros treinados. Depois, fez uma convocação geral, a fim de chegar a esse número por meio de voluntários.

O efeito militar é fraco, já que a milícia opera somente armas leves. Nesta segunda, entretanto, Maduro disse que enviará à fronteira com a Colômbia 15 mil soldados de sua força de reação rápida, um pelotão de elite do Exército.

Há ainda rumores, sem confirmação oficial, de que três navios de desembarque ligados à Quarta Frota dos EUA possam se juntar à operação. O patrulhamento aéreo com aviões-espiões P-8 Poseidon permanece constante no Caribe.

Ofensiva dos EUA contra Venezuela mira o narcotráfico

O governo Trump mantém a Venezuela sob pressão desde o primeiro mandato, sob a justificativa da ligação direta do regime de Maduro com o tráfico de drogas. Em 2020, o ditador venezuelano foi indiciado por narcoterrorismo em Nova York. Ele rejeita a acusação, a qual classifica como propaganda.

O fortalecimento de cartéis mexicanos levou Trump a classificar o grupo Sinaloa como organização terrorista neste ano, além da gangue venezuelana Tren de Aragua. No começo de agosto, os EUA anunciaram uma operação militar permanente no Caribe contra o tráfico, utilizando parte de sua frota naval.

Recentemente, o foco agora é Maduro, cuja captura passou a valer recompensa de US$ 50 milhões no começo de agosto. Nesse contexto, a Casa Branca advertiu que empregaria “toda a força” contra Caracas e enviou os três destróieres.

A mobilização do cruzador e do submarino era especulada desde o início da operação e foi confirmada na noite desta segunda-feira pela agência de notícias Reuters. Um diplomata norte-americano afirmou ao jornal Folha de S.Paulo que a pressão deve se manter devido à prioridade dada por Trump ao combate ao tráfico.

Crédito Revista Oeste

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