Tema é prioridade no edital de R$ 110 milhões previstos para a produção de novos conteúdos nacionais da TV Brasil
A TV Brasil, canal público mantido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), pretende gastar R$ 110 milhões do dinheiro público para produções originais. Dessa quantia, R$ 30 milhões do pagador de impostos estão destinados a programas infantis e infantojuvenis.
O valor previsto no edital chama atenção, se comparado com o previsto no documento destinado à primeira novela do canal público. O projeto inédito teve orçamento de R$ 15 milhões. Apesar das altas cifras investidas, a audiência da emissora é baixa.O edital, lançado em parceria do Ministério da Cultura com a Agência Nacional do Cinema (Ancine) e o Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), segue aberto até o dia 5 de maio. São sete linhas de projetos com temas e formatos definidos por um estudo da grade de programação da TV Brasil. Entre eles, futebol feminino, natureza, cultura e filmes.
Valor milionário licenciava produções estrangeiras na TV Brasil
A diretora de comunicação da EBC, Antonia Pellegrino, justifica que o alto valor empregado nas produções era utilizado para o licenciamento de produções estrangeiras, como novelas.
“Existe um campo relevante do setor audiovisual que se organizou e não tem mais demanda, por causa da queda de investimento do streaming”, explicou Antonia. “Então, pensamos em usar o dinheiro da compra de novelas estrangeiras para investir no nosso. A cada R$ 1 real investido, R$ 4 voltam para o país.”
Edital define produções para a TV em várias regiões do país
O documento ainda prevê que 40% das obras devem vir das regiões Norte, Nordeste ou Centro-Oeste e outros 20% da Região Sul ou dos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo.
“A comunicação pública tem como pilar o regionalismo”, disse Antonia. “Somos obrigados por lei a exibir 5% de conteúdo regional. Isso é uma maneira de garantir que a TV pública exiba outros sotaques e outras realidades.”
Ainda não há data confirmada para o anúncio dos vencedores do edital e a distribuição da verba pública destinada, mas a previsão é que a divulgação ocorra ainda em 2025.
Crédito Revista Oeste
