Líder do Republicanos conta com adesão de 8 partidos até o início da tarde desta quinta-feira
O União Brasil decidiu, nesta quinta-feira, 31, retirar a candidatura de Elmar Nascimento (BA) à presidência da Câmara dos Deputados. A sigla optou por apoiar o nome do sucessor de Arthur Lira (PP-AL), o líder do Republicanos, Hugo Motta (PB). A deliberação ocorreu em delegação realizada na sede do partido, em Brasília.
Com a saída de Elmar Nascimento da disputa, sobra apenas Antonio Britto (PSD-BA) como único oponente a Hugo Motta. Entretanto, fontes ouvidas por Oeste afirmam que o deputado também deve desistir de sua candidatura.
Também nesta manhã, o PCdoB oficializou seu apoio ao líder do Republicanos. Ao todo, são oito partidos que declararam adesão a candidatura do sucessor de Lira: PL (92), PT (68), Podemos (14), PP (50), Republicanos (44), MDB (44), PCdoB (7) e União Brasil (59).
Considerando o número total de cada bancada, Hugo Motta já contabiliza 378 votos. Se a eleição fosse hoje, já estaria eleito. Para se eleger presidente da Câmara dos Deputados, um deputado precisa obter a maioria absoluta dos votos, ou seja, no mínimo 257 votos dos 513 deputados, em uma eleição realizada por voto secreto.
Hugo Motta é anunciado como sucessor de Lira
A candidatura de Hugo Motta foi oficializada nesta terça-feira, 29, logo depois do pronunciamento de Lira. O presidente da Casa Baixa disse estar “convicto” de que o republicano é o nome com “maiores condições políticas de construir convergência no parlamento”.
“Estou certo de que Hugo Motta, deputado experiente, em seu quarto mandato, e que viveu e vive de perto os desafios que perpassam a nossa gestão, vai saber manter a marcha da Câmara dos Deputados, seguindo essa mesma receita que tantos bons frutos deu ao Brasil: respeito ao plenário, cumprimento da palavra empenhada e busca incessante por convergência”, disse Lira.
Lira disse fazer o anúncio com o senso de “responsabilidade institucional” e com “compromisso com o Brasil”. Afirmou que as “marcas” de seu trabalho são: “cumprimento intransigente dos acordos firmados; defesa das prerrogativas parlamentares; diálogo incessante; e busca incansável por convergência”.