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Os relatos vêm à tona em um processo de difamação contra sua ex-mulher, Maria Christina Mendes Caldeira, que tramita na Justiça da Flórida, nos Estados Unidos.
Em recentes desdobramentos judiciais, o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, fez acusações de perseguição política e de que o Supremo Tribunal Federal (STF), por meio de um de seus ministros, estaria exercendo oposição direta ao seu partido.
A situação se intensificou após a ex-mulher do dirigente comentar nas redes sociais sobre o passado de Valdemar, mencionando sua condenação no esquema do mensalão. Em resposta, Valdemar Costa Neto processou Maria Christina Mendes Caldeira, buscando uma indenização de 50.000 dólares, sob o argumento de que as alegações prejudicaram sua “reputação ilibada”.
Perseguição política e interferência do STF
O conflito pessoal entre Valdemar e Maria Christina se entrelaçou com um inquérito sob a relatoria de Alexandre de Moraes, ministro do STF, que investiga se houve uma suposta tentativa de golpe após a derrota de Jair Bolsonaro. Em fevereiro deste ano, Valdemar foi alvo de uma busca e apreensão que resultou na descoberta de uma arma com registro vencido, levando ao seu encarceramento por dois dias.
Durante a operação, o passaporte de Valdemar Costa Neto foi confiscado, impossibilitando-o de comparecer à audiência nos Estados Unidos. Em sua defesa, ele alegou que a Justiça brasileira atua como adversária de seu partido, e que sua prisão teve motivações políticas.
Valdemar Costa Neto relata uma série de ações que, segundo ele, têm como objetivo desestabilizar o Partido Liberal (PL). Ele mencionou que, em fevereiro de 2024, aproximadamente 30 pessoas ligadas ao partido foram alvo de investigações por suas supostas conexões com a “tentativa de golpe “após as eleições presidenciais. Entre os investigados, figuram nomes de peso como Jair Bolsonaro e o ex-ministro Walter Braga Netto.
De acordo com Valdemar, a apreensão de seu passaporte e sua prisão temporária foram medidas extremamente desproporcionais, ressaltando que isso seria de conhecimento geral no Brasil como uma perseguição política deliberada. O político descreveu as acusações contra ele como triviais e fora do escopo das investigações em andamento.
As declarações de Valdemar foram enviadas ao inquérito do suposto golpe quando Maria Christina solicitou informações ao ministro Alexandre de Moraes sobre a situação do passaporte dele, sustentando que havia dúvidas na Corte americana sobre sua ausência na audiência. Moraes, no entanto, realocou o caso, argumentando que Maria Christina não tinha legitimidade para fazer tais requisições e que seu requerimento era irrelevante para a investigação do suposto golpe.