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Vaticano se manifesta sobre abertura dos Jogos Olímpicos de Paris

Foto - Montagem NYP

Nota de reprovação vem mais de uma semana depois da cerimônia na capital francesa

Mais de uma semana depois da abertura dos Jogos Olímpicos, o Vaticano se manifestou neste sábado, 3, sobre a cerimônia de abertura, que já foi alvo de críticas de bispos de várias partes do mundo.

Em comunicado, a Igreja Católica disse que “não deveria haver alusões que ridicularizem as convicções religiosas de muitas pessoas”. Além disso, ressaltou que “a liberdade de expressão, que obviamente não está em questão, encontra seu limite no respeito pelos outros”.

Durante a cerimônia, um grupo de drag queens apareceu em uma longa mesa em referência à Santa Ceia. Os organizadores, no entanto, negaram essa interpretação.

O que dizem os responsáveis pela abertura dos Jogos Olímpicos de Paris 

Os responsáveis pela abertura dos Jogos Olímpicos de Paris afirmaram que a cena representava uma festa pagã liderada por Dionísio, deus do vinho e do teatro, e não a Santa Ceia. Segundo o diretor artístico da cerimônia, Thomas Jolly, a intenção era “enviar uma mensagem de amor, uma mensagem de inclusão”.

As críticas, entretanto, persistiram. O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, anunciou sua intenção de ligar para o papa Francisco, para denunciar a imoralidade do evento. 

A cena também foi alvo de críticas do líder supremo do Irã, Ali Khamenei, e do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, que a chamou de “vergonhosa”.

A resposta da Igreja Católica

Um dia depois da abertura dos Jogos Olímpicos, a Conferência dos Bispos da Igreja Católica Francesa foi uma das primeiras a se manifestar. A conferência repudiou a releitura da “Última Ceia”.

“Nossos pensamentos estão com todos os cristãos de todos os continentes que foram feridos pela ofensa e provocação de certas cenas”, disseram os bispos. “Esperamos que eles entendam que a celebração olímpica se estende muito além das preferências ideológicas de alguns artistas.”

Outros líderes religiosos também criticaram a adaptação. O bispo Andrew Cozzens, presidente do Comitê Episcopal dos Estados Unidos para Evangelização e Catequese, pediu aos católicos que respondam ao incidente de Paris com oração e jejum.

“Jesus viveu sua Paixão novamente na sexta-feira à noite em Paris, quando sua Última Ceia foi publicamente difamada”, disse Cozzens. “Não ficaremos de lado e ficaremos quietos enquanto o mundo zomba de nosso maior presente do Senhor Jesus.”

O bispo alemão Stefan Oster chamou a cena de “Última Ceia queer” de “um ponto baixo e completamente supérfluo”. O arcebispo Peter Comensoli de Melbourne, na Austrália, preferiu “o original”, ao publicar uma fotografia da obra de Da Vinci no Twitter/X. Já o bispo Robert Barron, de Winona-Rochester, descreveu a paródia como “grosseira”, e o arcebispo de Santiago do Chile, Dom Fernando Chomali, considerou a encenação “grotesca”.

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