Venezuela emite alerta máximo contra viagens aos EUA: “País perigoso”

Em vídeo, chancelaria do ditador Maduro afirma que “direitos humanos não existem” para migrantes sob governo Trump

O ministério das Relações Exteriores de Nicolás Maduro emitiu neste domingo (1º) um alerta máximo de viagens para que os venezuelanos não viajem aos Estados Unidos.

“Os Estados Unidos são um país perigoso, onde os direitos humanos não existem para os migrantes. Se está pensando em viajar, cancele imediatamente seus planos. Se já mora aí, considere sair imediatamente”, diz a chancelaria venezuelana em vídeos.

Na comunicação, a Venezuela afirma que os EUA são “uma ameaça real para a vida e dignidade dos venezuelanos e todos latino-americanos”.

O regime de Maduro também diz haver no país de Donald Trump uma “máquina de perseguição a imigrantes”, uma “obsessão xenófoba contra os venezuelanos” e fala que nos EUA “a polícia dispara primeiro e pergunta depois”.

“Eles falam de sequestros, mas são eles que roubam crianças nas fronteiras”, completa o vídeo, dizendo, em referência ao tratamento de imigrantes, que o governo norte-americano “prende pessoas em jaulas”.

Caracas também menciona o envio de migrantes venezuelanos que estavam nos EUA para a prisão de segurança máxima de El Salvador de “confinamento do terrorismo”, que define como um “campo de concentração”.

O alerta do regime de Maduro, contra o qual pesam denúncias de manter mais de 900 presos políticos e de violar os direitos humanos de opositores, surge dias após a reiteração, em meados de maio, do alerta do governo de Trump contra qualquer viagem aos EUA pelo “alto risco de prisões” de americanos no país sul-americano.

“Qualquer pessoa com cidadania dos EUA ou qualquer outro status de residência nos EUA na Venezuela deve deixar o país imediatamente, inclusive aqueles viajando com passaportes venezuelanos e estrangeiros. Não viajem para a Venezuela por nenhuma razão”, enfatizou o Departamento de Estado.

Sanções contra Maduro

Em fevereiro, o governo Trump cancelou as principais licenças de atuação para empresas que tinham negócios com a estatal petrolífera da Venezuela, PDVSA, numa tentativa de cortar recursos para o regime de Maduro.

A administração dos EUA chama o regime de Maduro de “ilegítimo” e atuou, no início de maio, na saída dos opositores asilados na embaixada da Argentina em Caracas, que eram impedidos de deixar o país. O Departamento de Estado qualificou a operação como um “resgate de reféns”.

Além disso, o governo Trump revogou o estatus de proteção temporal de aproximadamente meio milhão de pessoas provenientes de países como Cuba, Nicarágua, Haiti e Venezuela, o que impede que esses migrantes trabalhem no país.

A Casa Branca, no entanto, negociou com Caracas e nas últimas semanas conseguiu a soltura de pelo menos seis norte-americanos que estavam presos na Venezuela.

Crédito CNN

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