Foto - EFE/Miguel Gutiérrez
Venezuela anunciou o envio de “patrulhas aéreas” depois que os EUA anunciaram o sobrevoo de dois aviões da Marinha sobre Georgetown, capital da Guiana
O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, anunciou nesta sexta-feira (10) o envio de “patrulhas aéreas” depois que os Estados Unidos anunciaram o sobrevoo de dois aviões da Marinha sobre Georgetown, capital da Guiana, e seus arredores.
Durante um evento militar transmitido pela emissora estatal VTV, López afirmou que, em “questão de uma hora,” organizou um “destacamento” de aeronaves Sukhoi 30MK2, F-16 e K-8 para defender o espaço aéreo, sem especificar a área para onde enviou as aeronaves.
Na quinta-feira, o ministro descreveu o sobrevoo dos aviões americanos como “reiteradas provocações” do Comando Sul dos EUA, “patrocinadas pelo governo da Guiana, que assumiu o papel de uma nova colônia dos EUA”.
Durante um evento militar transmitido pela emissora estatal VTV, López afirmou que, em “questão de uma hora,” organizou um “destacamento” de aeronaves Sukhoi 30MK2, F-16 e K-8 para defender o espaço aéreo, sem especificar a área para onde enviou as aeronaves.
A Venezuela alega ter soberania sobre Essequibo, uma região de quase 160 mil quilômetros quadrados que corresponde a 70% do território da Guiana.
Uma decisão internacional do final do século XIX determinou que a área era do Reino Unido, de quem a Guiana obteve independência em 1966. Neste ano, foi assinado um acordo para que a disputa fosse resolvida por uma corte internacional, o que nunca aconteceu.
Uma demanda da Guiana para que o caso seja decidido pela Corte Internacional de Justiça (CIJ) tramita desde 2018.
A disputa se tornou mais tensa a partir de dezembro do ano passado, quando, num referendo questionado, a Venezuela aprovou medidas para a anexação do Essequibo. Desde então, o chavismo aprovou a criação de um estado venezuelano e de uma área de segurança na área, entre outras medidas.
A reivindicação venezuelana sobre a área vem desde o século XIX, mas a temperatura dessa disputa aumentou a partir de 2015, quando a empresa americana ExxonMobil localizou grandes reservas de petróleo no Essequibo.
A Guiana vem obtendo os maiores índices de crescimento econômico do mundo graças a concessões para explorar as riquezas da área, algo condenado por Caracas, que alega soberania sobre esses recursos.