‘Durante este período de transição o Tesouro continuará apoiando a ajuda humanitária’
O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou nesta segunda-feira a emissão de uma licença geral por um período de seis meses que autoriza certas transações com o Governo liderado pelos jihadistas sírios com o objetivo de “não impedir as atividades destinadas a satisfazer as necessidades humanas básicas, incluindo a prestação de serviços públicos ou assistência humanitária” da população no país asiático.
“O fim do regime brutal e repressivo de Bashar al Assad, que estava respaldado pela Rússia e Irã, oferece uma oportunidade única para que a Síria e seu povo se reconstruam. Durante este período de transição, o Tesouro continuará apoiando a ajuda humanitária e a governança responsável na Síria”, declarou o subsecretário do Tesouro, Wally Adeyemo.
O organismo lembrou que a Síria “é uma das jurisdições com mais sanções” devido à “brutalidade do regime de Assad contra o povo sírio”. No entanto, tomou esta decisão “dadas as circunstâncias extraordinárias e para apoiar o povo sírio em sua tarefa de construir um futuro mais esperançoso, seguro e pacífico”.
Neste sentido, esclareceu que esta autorização não desbloqueia a propriedade de nenhuma pessoa designada sob os programas de sanções americanas, incluindo Assad e seus sócios, o Governo sírio, o Banco Central da Síria ou o grupo jihadista sírio Hayat Tahrir al Sham (HTS).
Em dezembro, a Administração de Joe Biden decidiu retirar uma recompensa de dez milhões de dólares (mais de 9,5 milhões de euros) que pesava sobre o líder do grupo jihadista sírio Hayat Tahrir al Sham (HTS), Ahmed Husein al Shara, conhecido como Abu Mohamed al Golani e considerado o líder ‘de facto’ da Síria após a queda do regime de Assad.