Foto - Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Ministros do STF ironizaram suposto crime praticado pela deputada federal, que teria comandado uma invasão ao sistema do CNJ.
A deputada Carla Zambelli (PL-SP) decidiu, nesta quinta-feira, 23, pedir a suspeição dos ministros Alexandre de Moraes e Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Durante o julgamento na Primeira Turma da Corte que tornou Carla e o hacker Walter Delgatti réus, por suposta invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Cármen classificou a prática como “desinteligência natural”, ao passo que Moraes acrescentou achar aquele tipo de crime “burrice”.
“A postura relatada não corresponde àquilo que se espera de julgadores imparciais, de modo que entende estar caracterizada a suspeição dos ministros”, observou a defesa de Carla.
Carla Zambelli ré
No início da semana, por unanimidade, a Primeira Turma aceitou uma denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Carla e Delgatti.
Conforme a PGR, a parlamentar e o hacker são responsáveis pela invasão ao sistema do CNJ em 2022. Um mandado de prisão contra Moraes assinado pelo juiz do STF foi inserido no programa interno do Conselho.
“Há indícios de autoria e comprovação de materialidade”, argumentou o relator do caso, Alexandre de Moraes. Acompanharam esse entendimento os ministros Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Luiz Fux. Dessa forma, Carla e Delgatti responderão pelos crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica.