O fundador e CEO da Meta, Mark Zuckerberg, sinalizou uma dramática mudança de direção na política de moderação de conteúdo da empresa ao anunciar nesta segunda-feira a nomeação de Dana White, presidente do UFC e notório conservador, para seu conselho de diretores.
A decisão marca uma ruptura significativa com as políticas de moderação restritivas implementadas durante a administração Biden-Harris, que foram criticadas por supostamente silenciar vozes conservadoras. A nomeação de White, um franco apoiador de Trump, sugere uma nova era de maior liberdade de expressão na plataforma.
Em seu anúncio pelo Facebook, Zuckerberg enfatizou a visão empreendedora de White, mas analistas interpretam a movimentação como um claro posicionamento político às vésperas da posse de Trump. A Meta junta-se assim a outras grandes empresas de tecnologia que começam a se alinhar com a nova administração.
White, que mantém uma amizade de 25 anos com Trump e apoiou todas suas candidaturas presidenciais, tem sido um crítico vocal da “cultura do cancelamento” e da censura nas redes sociais. Sua entrada no conselho da Meta, junto com John Elkann (CEO da Exor) e Charlie Songhurst (ex-Microsoft), sinaliza uma provável flexibilização nas políticas de moderação de conteúdo.
A aproximação entre Zuckerberg e White começou em 2022, mas ganha agora contornos estratégicos mais amplos. A Meta já demonstrou sua mudança de posicionamento com uma doação de $1 milhão para o fundo inaugural de Trump, seguindo movimento similar de outras gigantes da tecnologia.
Esta reorientação da Meta reflete uma tendência mais ampla no cenário tecnológico americano, com várias plataformas revendo suas políticas de moderação em antecipação ao segundo mandato de Trump. A nomeação de White é vista como um marco nesta transição para um ambiente digital com menos restrições à expressão conservadora.
A decisão ocorre em um momento crucial, menos de duas semanas antes da posse presidencial, e sugere que a Meta está se preparando para uma era de maior abertura ideológica em suas plataformas, contrastando com o período anterior marcado por acusações de viés político na moderação de conteúdo.