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Preso a mando de Moraes, coronel Naime elogia o ministro em depoimento

Foto - Jefferson Rudy/Agência Senado

O ministro proibiu Naime de comparecer à solenidade em que o filho recebeu carteira da OAB.

O coronel Jorge Eduardo Naime, ex-comandante de Operações da PMDF e réu pelos eventos de 8 de janeiro, elogiou o ministro Alexandre de Moraes durante seu depoimento no Supremo Tribunal Federal (STF). Atualmente respondendo ao processo em liberdade provisória, Naime foi libertado no último dia 14 de maio, após passar mais de um ano na prisão, detido desde 7 de fevereiro do ano anterior por ordem do ministro.

O ex-comandante está sendo investigado por suposta negligência no cumprimento de seus deveres durante a invasão aos prédios dos Três Poderes. Em fevereiro deste ano, ele se tornou réu no caso, juntamente com outros seis militares da antiga cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF).

Apesar de sua prisão ter sido decretada por Moraes, Naime iniciou sua declaração apoiando as ações repressivas do ministro após os acontecimentos de 8 de janeiro. 

“Os atos foram muito graves, não podemos admitir que tornem a acontecer dentro de um Estado democrático de direito. As medidas do STF deveriam ter sido tomadas, agradeço algumas inclusive. […] Precisava de uma reação do Alexandre de Moraes”, declarou.

No depoimento que durou cerca de cinco horas, o coronel apontou o que considera um erro das autoridades que culminou na invasão no dia 8 de janeiro. 

“Afirmo categoricamente: o erro aconteceu no momento em que se decide descer com um público hostil em área de baixo impacto e se leva para uma área de maior impacto e prejuízo”, comentou.

Ele ainda mencionou a exaustão física e mental decorrente de seu envolvimento no planejamento de grandes eventos no Distrito Federal, como a posse presidencial de Lula e refutou acusações contra o Departamento de Operações, afirmando que não esteve envolvido na coordenação do plano da PM para lidar com o 8/1. Naime avaliou que “os planos não são estáticos” e deveriam ser ajustados conforme novas informações se tornam disponíveis.

Mesmo após sua liberação, Moraes proibiu o coronel de comparecer à cerimônia em que seu filho recebeu a carteira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), realizada em 16 de maio. 

O ministro determinou, ainda, que o militar está proibido de se ausentar do país, além da proibição de se comunicar com outros envolvidos nas investigações.

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12 respostas

  1. Ridículo. Coronel de polícia, em qualquer parte do mundo, já é um papelzinho bem “páia”. Esse ganhou um belo “kit injustiças 8/01”, e, se essa publicação expressar 100% a verdade, ainda saiu da cadeia, de “tornozelo adornado”, e com uma bela “síndrome de Estocolmo” pra chamar de sua, somente sua. Ridículo.

  2. @Ricardo Novaes … vc literalmente não conhece a real história do coronel Naime e o que realmente aconteceu dia 08/01. ntão antes de escrever m***, vai estudar/pesquisar.

  3. Que vergonha principalmente para a família essa declaração, esse vai deixar uma vergonha na sua biografia.

  4. Gente, quem esse homem pensa que é para proibir um cidadão de comparecer a uma solenidade pública com a presença de pessoas, em tese, sem envolvimento criminal? Se fosse uma reunião com a cúpula do crime organizado, estaria certamente liberado.

  5. Realmente não se fazem mais militares como antigamente. O homem é chamado de urgência pois estava de férias, participa da reação policial, desempenha seu papel e mesmo assim é preso. E ainda vem elogiar a ação de seu algoz. Rídículo, simples assim.

  6. Fácil julgar as pessoas quando não se vive o problema na pele, sabemos como essa corja funciona e qual seu modus operandi, tenho certeza absoluta que este homem teve bons motivos para dar tal depoimento, no mínimo fora da realidade e muito controverso. Não podemos esquecer com que tipo de gente estamos lidando, tortura psicológica, ameaça a terceiros, coação, queima de arquivo… Enfim ! Só sabe quem passa.

    1. Concordo. A missão dele é calar a boca e obedecer o seu algoz. Não é covardia. É não ter como se defender. É refém do carecão. Enquanto esse regime durar.

  7. Fácil julgar as pessoas quando não se vive o problema na pele, sabemos como essa corja funciona e qual seu modus operandi, tenho certeza absoluta que este homem teve bons motivos para dar tal depoimento, no mínimo fora da realidade e muito controverso. Não podemos esquecer com que tipo de gente estamos lidando, tortura psicológica, ameaça a terceiros, coação, queima de arquivo… Enfim ! Só sabe quem passa.

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