Impostômetro alcança a marca de R$ 3 trilhões nesta terça-feira, 7

O alto valor pago em tributos aos governos federal, estaduais e municipais tem gerado incômodo em grande parte da população brasileira

O valor pago em impostos no Brasil em 2025 está prestes a atingir a marca de R$ 3 trilhões. O montante foi registrado às 12h desta terça-feira, 7, no Impostômetro — painel instalado na sede da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), no centro da capital paulista.

O alto valor pago em tributos aos governos federal, estaduais e municipais tem gerado incômodo em grande parte da população brasileira. Para ter uma ideia, o trabalhador no Brasil precisou trabalhar de 1º de janeiro a 29 de maio somente para pagar impostos ao Estado.

Impostos em 2024

No ano passado, esse patamar foi alcançado em 1º de novembro. Trata-se de um crescimento de quase 10% na arrecadação. De acordo com Ulisses Ruiz de Gamboa, economista do Instituto Gastão Vidigal da ACSP, a antecipação é resultado de uma combinação de fatores que impulsionaram a arrecadação. “Entre eles, destaca-se o aquecimento da atividade econômica”, disse.

Além disso, o economista aponta a inflação como um fator relevante, já que o sistema tributário brasileiro “é fortemente baseado em impostos sobre o consumo, que incidem diretamente sobre os preços de bens e serviços”.

Outras medidas contribuíram para o aumento na arrecadação:

  • tributação de fundos exclusivos e offshores;
  • mudanças nas regras de subvenções concedidas por Estados;
  • retomada da tributação sobre combustíveis;
  • cobrança de impostos sobre apostas on-line;
  • taxação de encomendas internacionais (como a chamada “taxa das blusinhas”);
  • reoneração gradual da folha de pagamentos;
  • fim dos incentivos fiscais ao setor de eventos;
  • aumento de alíquotas do ICMS; e
  • elevação do Imposto sobre Operações Financeiras.

Gastos públicos

O painel também mostra os gastos dos governos federal, estaduais e municipais, que atingiram cerca de R$ 4 trilhões — quase R$ 1 trilhão a mais do que arrecadaram.

“O desequilíbrio entre arrecadação e despesas primárias é preocupante, porque mostra que o Brasil está operando no vermelho mesmo antes de pagar os juros da dívida”, avalia Gamboa. “Isso compromete a sustentabilidade fiscal e pressiona ainda mais a necessidade de ajustes estruturais nas contas públicas.”

Crédito Revista Oeste

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