Condenado no processo do Mensalão, ex-ministro afirmou que o partido precisa se unir, pois corre ‘risco de guerra’
O ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu afirmou, nesta sexta-feira, 5, que tem a “intuição” de que o Brasil vai viver um “momento revolucionário”. A declaração ocorreu durante evento do Partido dos Trabalhadores (PT).
O petista falou em “revolução” ao listar o que considera benefícios concedidos pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a sociedade. Como exemplo, Dirceu citou a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.
Dirceu, que chegou a ser preso em virtude de condenação no processo do Mensalão, coordena um dos grupos que irão formular o programa da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição. O ex-ministro também ensaia sair candidato a deputado federal por São Paulo em 2026.
“Tenho a intuição de que o Brasil vai viver um momento revolucionário”, disse Dirceu. “A questão é saber se estamos à altura desse momento, nós vamos ser capazes, nesse congresso, de dotar o nosso partido de um estatuto e uma organização para enfrentar o desafio. O desafio é o risco de guerra.”
O evento do PT que teve José Dirceu como palestrante
O diretório nacional do PT se reuniu em Brasília nesta sexta-feira para discutir as eleições de 2026 e a construção do programa de governo de Lula. Em manifesto, a sigla afirma que os brasileiros sofrem os efeitos da “crise do capitalismo”. A legenda também defende uma discussão “sem medo” sobre os obstáculos da segurança pública e, por fim, elencou a redução da escala de trabalho como o principal objetivo de um eventual quarto governo lulista à frente do Palácio do Planalto.
Durante a reunião, o presidente nacional do PT, Edinho Silva, afirmou que os petistas vão realizar debates até abril de 2026 para traçar estratégias que visem à reeleição de Lula. Não houve citação sobre a escolha do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) como o candidato da direita que irá enfrentar o presidente no ano que vem.
No encontro, o presidente da Fundação Perseu Abramo, Paulo Okamotto, anunciou que estará deixando o comando do think tank petista. Ainda não foi definido quem irá substituir Okamotto na função, estratégica para a formação do projeto do PT para 2026.





