Foto: Reprodução/UOL.
O diplomata Edmundo González Urrutia, de 74 anos, foi confirmado no sábado como o representante da líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, nas eleições de 28 de julho — nas quais o Ditador venezuelano, Nicolás Maduro, “disputará” um terceiro mandato.
Embora seja um homem discreto e se considere “moderado”, ele sabe que, como candidato das forças democráticas num momento político delicado para o país, aproxima-se de uma zona de turbulência. As informações são do O Globo.
Em entrevista ao El País, o embaixador disse acreditar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu homólogo colombiano, Gustavo Petro, influenciaram Maduro para que pudesse participar do pleito. Afirmou, também, que teve contato com autoridades internacionais, principalmente do Brasil e Colômbia, que acompanham o assunto com “muito interesse e responsabilidade” e preparam um “plano de garantias” para o pleito, sem entrar em mais detalhes.
Quem é Edmundo González Urrutia?
- González Urrutia iniciou sua carreira como primeiro secretário do embaixador da Venezuela nos Estados Unidos no final da década de 1970.
- Foi embaixador de Caracas na Argélia entre 1991 e 1993 e na Argentina nos primeiros anos do governo de Hugo Chávez (1999-2013).
- Trabalhou pela incorporação da Venezuela ao Mercosul, que se concretizou anos depois.
Resultados e Desafios:
- Pesquisas já o colocaram em primeiro lugar, com o apoio de María Corina, vencendo Maduro e outras opções com ampla margem.
- González Urrutia reconheceu a importância da política para a coalizão, destacando a liderança de María Corina.
- Mesmo impedido de concorrer a cargos públicos por 15 anos pela Justiça, ele não esperava se tornar o rival de Maduro nas eleições quando foi registrado provisoriamente.
- O diplomata não se sentiu hostilizado pelo chavismo, apesar de ter sido chamado como “candidato dos Estados Unidos” por Maduro.
- Ele se diz “realista” em relação ao “desafio imenso” à sua frente no pleito e espera buscar “caminhos de entendimento com as Forças Armadas” em caso de vitória.
- Não afasta a possibilidade de conceder anistia aos chavistas.
González Urrutia enfrenta um cenário complexo e desafiador, mas sua candidatura representa uma tentativa de mudança e reconciliação para a Venezuela. A comunidade internacional observa com interesse e espera que o processo eleitoral ocorra dentro de uma “margem democrática”, apesar das dificuldades e tensões internas.
Uma resposta
Democracia e Venezuela, sob o duro comando do ditador Maduro, realmente não combinam, não é mesmo? Esse senhor deve temer por sua vida.