Campanha de Ricardo Nunes já definiu estratégias para tentar atrair o voto de eleitores de Pablo Marçal, mesmo sem ex-coach declarar apoio
Terceiro colado na disputa pela Prefeitura de São Paulo, o ex-coach Pablo Marçal (PRTB) frustrou parte dos aliados do prefeito Ricardo Nunes (MDB) ao declarar, na noite da terça-feira (8/10), que não apoiará nenhum candidato no segundo turno das eleições paulistanas.
A campanha de Nunes, no entanto, já definiu estratégias para tentar atrair o voto dos eleitores de Marçal, mesmo sem o ex-coach declarar apoio ao prefeito. A principal delas será “reforçar” a imagem de “conservador” do emedebista e a defesa de propostas mais liberais na economia.
“O Marçal tentou colar que o Ricardo era comunista. Vamos mostrar que Ricardo é um cara conservador, apesar de representar o centro e a direita, que ele é contra drogas, contra o aborto”, disse à coluna um dos principais integrantes da campanha do prefeito.
Nesse cenário, aliados de Nunes avaliam que o ex-presidente Jair Bolsonaro pode ser peça importante. A avaliação é de que o ex-mandatário pode ajudar no diálogo com os eleitores de Marçal, reforçando seu apoio ao prefeito para derrotar Guilherme Boulos (PSol).
Outra figura que a campanha de Nunes vê como relevante é Marina Helena, candidata do Novo à prefeitura. Aliados do prefeito avaliam que o apoio dela ao emedebista teve um peso simbólico. “Ele pode até ter pouco voto, mas a direita gosta dela”, afirma um auxiliar de Nunes.
Na campanha contra Boulos, o atual prefeito da capital paulista também estabeleceu ao menos quatro eixos para tentar demarcar sua diferença em relação ao psolista. São eles: 1) experiência X inexperiência; 2) equilíbrio X extremismo; 3) ordem X desordem; 4) gestor X invasor.