País sul-americano recebeu a lista de medidas a serem implementadas para acelerar o processo de adesão ao grupo
A Argentina recebeu em Paris, nesta quinta-feira, 2, as diretrizes para sua possível integração à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A entidade reúne as principais economias democráticas do mundo. O Brasil está fora da lista.
A chanceler argentina, Diana Mondino, recebeu o documento por meio do secretário-geral da OCDE, Mathias Cormann. A entrega ocorre durante cerimônia realizada na sede da organização, na capital francesa.
Diana enfatizou o avanço significativo do processo nos últimos quatro meses. Ela destacou que a Argentina vai estabelecer as suas políticas com base nas orientações recebidas.
Em 2016, durante a gestão do ex-presidente argentino Mauricio Macri, o país sul-americano manifestou interesse em aderir à OCDE. Depois de seis anos, o processo de discussão foi iniciado juntamente com Brasil, Peru, Bulgária, Croácia e Romênia.
Apesar das conversas positivas, a Argentina foi a única que não havia recebido o documento para adesão ao grupo, sob a presidência de Alberto Fernández, de acordo com Diana.
Avaliações e medidas econômicas para o crescimento da Argentina
Agora, a OCDE realizará avaliações em diversas áreas, como comércio, investimento, combate à corrupção e mudanças climáticas. O objetivo é auxiliar a Argentina a aprimorar seu crescimento econômico e a qualidade de vida de sua população.
A economista-chefe da OCDE, Clare Lombardelli, elogiou as medidas econômicas adotadas pelo presidente argentino, Javier Milei, que está no cargo desde dezembro de 2023. As mudanças incluem reformas para desregulamentar a economia e um pacote fiscal, além dos esforços para reduzir a inflação.
Clare destacou a importância de uma política fiscal e monetária rigorosa para controlar a inflação. Mesmo que os resultados demandem tempo, enfatizou a economista.
Atualmente, a OCDE conta com a participação de quatro países latino-americanos: Chile, Costa Rica, Colômbia e México, entre seus 38 membros. Os membros da organização são responsáveis por cerca de 80% do comércio e dos investimentos globais.