As vendas do fabricante de carros Jaguar despencam mais de 97% após abraçar o marketing ‘woke’

O histórico fabricante britânico Jaguar sofreu uma queda estrondosa em suas vendas na Europa: apenas 49 veículos vendidos em abril, o que representa um despencar de 97,5% em relação ao mesmo mês de 2024, quando comercializou 1.961 unidades. Assim refletem os últimos dados da Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA).

O desastre comercial chega em plena transformação da marca. A Jaguar havia anunciado uma reformulação integral com uma campanha publicitária abertamente woke, que abandonou por completo a imagem clássica da companhia. Em lugar de carros, os anúncios mostravam modelos de distintas nacionalidades vestidos com roupas de design em paisagens surrealistas, como um cenário lunar tingido de rosa.

Copy nothing. #Jaguar pic.twitter.com/BfVhc3l09B

— Jaguar (@Jaguar) November 19, 2024

A companhia também eliminou o icônico felino de seu logotipo e o substituiu por um design simples e neutro. Seus novos lemas publicitários —”Criar exuberância” e “Eliminar o ordinário”— apontam para uma estratégia estética, ideológica e comercial que desconcertou boa parte de sua base tradicional de clientes.

A Jaguar retirou quase todos os seus modelos atuais das concessionárias antes do lançamento de sua nova linha de veículos elétricos previsto para 2025. As vendas não se reativarão até pelo menos 2026, quando se comercializarão os novos protótipos, entre eles um carro-chefe em cor rosa, sem vidro traseiro e com câmeras integradas, um volante ovalado e um interior de design minimalista.

A companhia, um dos nomes mais emblemáticos do motor britânico, enfrenta agora o desafio de sobreviver a uma mudança de imagem que resultou radical e, por enquanto, ruinosa.

Crédito La Gaceta

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