A estatal negocia soluções financeiras e medidas internas para enfrentar déficits acumulados
Depois que o Tesouro rejeitou a primeira tentativa de empréstimo, os Correios se mobilizaram para reorganizar suas finanças. Nesta sexta-feira, 12, um grupo formado por Caixa, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander fechou uma nova proposta de empréstimo de R$ 12 bilhões para a estatal. A iniciativa ainda depende da aprovação do Tesouro Nacional, segundo informações do jornal Estado de S. Paulo e da CNN Money.
O valor busca cobrir déficits acumulados e viabilizar o pagamento de salários e dívidas. Entre janeiro e setembro de 2025, os Correios registraram prejuízos superiores a R$ 6 bilhões, somando mais de R$ 10 bilhões desde 2022, período em que a empresa enfrentou sucessivos déficits.
Estratégia de reestruturação dos Correios
Além do empréstimo, os Correios preveem um plano de reestruturação abrangente. A estratégia inclui demissão voluntária de cerca de 15 mil funcionários entre 2026 e 2027. Ele também propõe o fechamento de agências e venda de imóveis, medida que deve gerar aproximadamente R$ 1,5 bilhão.
O governo também estuda um aporte emergencial da União de R$ 5,8 bilhões ainda em 2025, considerada quase certa pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele disse que o governo vai enviar o crédito ao Congresso por meio de projetos de lei do Congresso Nacional, sem se submeter a pressões de instituições financeiras.
O Tesouro rejeitou a primeira tentativa de empréstimo, de R$ 20 bilhões, porque os juros chegaram a 136% do CDI, acima do limite de 120% aceito pelo órgão. A União avaliou a proposta como de alto risco e nem chegou a receber o pedido de forma oficial. Os bancos ainda não divulgaram juros e prazos do novo empréstimo.





