Com 99% das urnas apuradas nas eleições legislativas de Portugal, a Aliança Democrática lidera por uma pequena margem em relação ao Partido Socialista. A coligação de centro-direita acumula 28,86% dos votos, enquanto o Partido Socialista registra 28,71%. Em terceiro lugar, o Chega, partido de direita, conquistou até o momento 18,24% dos votos, apresentando um crescimento expressivo desde o último pleito de 2022.
Nenhum partido assegurou a maioria absoluta (51%), iniciando agora as negociações para possíveis alianças. Especula-se, segundo especialistas, que a Aliança Democrática busque uma união com o Chega, o que garantiria a maioria no Parlamento.
Portugal adota o sistema parlamentarista, onde o líder do partido com a maioria absoluta nas eleições legislativas torna-se o primeiro-ministro. Caso nenhum partido alcance a maioria, alianças com siglas menores são necessárias para formar um governo.
Sobre a Votação
Com 51,96% de comparecimento às urnas até as 16h (horário local), os dados mais recentes do Ministério da Administração Interna revelam um aumento de 6,3% em relação às eleições legislativas de 2022. Projeções indicam uma taxa de abstenção entre 40,5% e 46,5%, possivelmente o índice mais baixo desde 2009.
Serão eleitos 230 deputados em uma campanha que teve custo de 24 milhões de euros, contando com a participação de 18 partidos, três a menos em comparação com as eleições anteriores de 2019 e 2022.
As questões prementes na campanha incluem uma crise habitacional, baixos salários, deficiências na saúde e corrupção, esta última vista por muitos como endêmica nos principais partidos.
A eleição antecipada, quatro meses após a demissão repentina do primeiro-ministro socialista António Costa em meio a uma investigação de corrupção, reacende a disputa entre os dois partidos centristas – o Partido Socialista (PS) e o Partido Social-Democrata (PSD).