De acordo com um relatório, o controlador que estava administrando helicópteros também estava instruindo aviões que estavam pousando e decolando das pistas.
Um relatório preliminar interno da Administração Federal de Aviação (FAA) mostrou que o número de funcionários trabalhando na torre de controle aéreo do Aeroporto Nacional Ronald Reagan em Arlington, Virgínia, estava “fora do normal para o horário do dia e volume de tráfego.”
Na quarta-feira à noite, um avião da American Airlines e um helicóptero do Exército colidiram perto do Aeroporto Nacional Reagan nos arredores de Washington, D.C., e todas as 67 pessoas a bordo de ambas as aeronaves são presumidas mortas.
A Associated Press obteve um relatório que mostrou que um controlador de tráfego aéreo estava trabalhando em duas posições no momento do acidente.
Normalmente, as duas atribuições são divididas entre dois controladores de tráfego aéreo, não apenas um.
“A configuração da posição não estava normal para o horário do dia e volume de tráfego”, diz o relatório.
A FAA não respondeu imediatamente às perguntas e pedido de comentários da Fox News Digital sobre o assunto.
A torre de controle aéreo do aeroporto Reagan está com falta de pessoal há anos, com 19 controladores totalmente certificados em setembro de 2023. No entanto, as metas de pessoal estabelecidas pela FAA e pelo sindicato dos controladores exigem 30.
A escassez de controladores de tráfego aéreo da FAA não é novidade no National Reagan ou na maioria das instalações de controle de tráfego aéreo do país.
No ano passado, o CEO da Frontier Airlines, Barry Biffle, apareceu no “The Claman Countdown” da FOX Business Network e alertou que a escassez poderia causar problemas durante a temporada de verão se não fossem abordados.
Biffle explicou que, embora a tecnologia possa ajudar a abordar o problema promovendo maior eficiência nas viagens aéreas a longo prazo, a escassez de controladores de tráfego aéreo contribui para atrasos e cancelamentos.
“Existem oportunidades para melhorar a tecnologia que é uma espécie de espinha dorsal do controle de tráfego aéreo”, disse Biffle. “Se você olhar para a Europa, por exemplo, existem algumas oportunidades que poderíamos adotar aqui que seriam muito mais eficientes — você queimaria muito menos combustível, chegaria mais rápido e assim por diante. Essa é uma grande oportunidade.
“Ao mesmo tempo, isso não nega o fato de que acho que estamos com 3.000 controladores a menos agora. E isso apenas causa, quando você tem um evento climático, mais atrasos”, explicou ele. “E, por fim, como vimos nos últimos dias, esses atrasos se transformam em cancelamentos porque as tripulações esgotam o tempo e assim por diante. [Eu] realmente gostaria de ver o problema de pessoal resolvido. A tecnologia é provavelmente uma solução mais longa.”
A equipe de revisão de segurança do Sistema Nacional do Espaço Aéreo (NAS) da FAA, criada em abril de 2023 após várias incursões próximas em pistas durante decolagens ou pousos em aeroportos movimentados, determinou naquele ano que a concorrência de vários desafios, como a crise de pessoal do controle de tráfego aéreo, financiamento insuficiente e tecnologia desatualizada “resulta em uma erosão das margens de segurança que deve ser urgentemente abordada.”
“A atual erosão na margem de segurança no NAS causada pela confluência desses desafios está tornando o nível atual de segurança insustentável”, disse o relatório da equipe.
A causa da escassez foi atribuída à rotatividade de funcionários e outros fatores como orçamentos apertados e, por fim, resultou em muitos controladores trabalhando 10 horas por dia e até seis dias por semana, informou o Times.
