Marcelo Câmara teria coordenado ações dessa natureza, de acordo com denúncia da PGR.
Auxiliar do governo Bolsonaro, o capitão do Exército Osmar Crivelatti não confirmou que o coronel Marcelo Câmara tenha atuado para monitorar autoridades.
De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), Câmara coordenou ações dessa natureza para fins de “neutralização”. Uma das pessoas que estaria na mira do militar seria o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Nunca foi falado em monitoramento”, disse Crivelatti, nesta quinta-feira, 17, ao ser interpelado pela defesa de Câmara, Eduado Kuntz, durante audiência no Supremo Tribunal Federal no âmbito da ação penal que trata de uma suposta tentativa de golpe.
Crivelatti disse ainda “não ter conhecimento” de quaisquer reuniões com “teor golpista” das quais Câmara tenha participado.
“Núcleo de inteligência” e Marcelo Câmara
Ainda de acordo com o capitão, ele nunca presenciou encontros do que seria um “núcleo de inteligência” do qual Câmara faria parte.
“Tampouco isso foi falado a mim”, disse o militar.
O núcleo, segundo a PGR, teria atuado durante a transição do governo Bolsonaro para o de Lula.
Outra testemunha, o capitão Sérgio Cordeiro, também negou a existência de um núcleo assim.