Foto: Exército Brasileiro/Flickr
No primeiro trimestre de 2024, 21 oficiais do Exército Brasileiro e 25 oficiais da Força Aérea Brasileira tiveram pedidos de demissão concedidos, conforme publicações no Diário Oficial.
Entre os que solicitaram desligamento estão tenentes, capitães, e até dois majores, marcando uma continuidade na tendência de saídas do serviço ativo observada nos últimos anos.
Este movimento é parte de um padrão mais amplo, já notado anteriormente pela Revista Sociedade Militar, no qual oficiais, muitos formados por academias de renome como a Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) e o Instituto Militar de Engenharia (IME), decidem abandonar as carreiras militares.
As razões citadas para tais decisões são variadas, abrangendo desde insatisfações com a remuneração até críticas aos métodos de gestão e progressão de carreira dentro das Forças Armadas.
Entre os pontos levantados por oficiais que optaram pela saída, destacam-se reclamações sobre baixos salários e a percepção de um sistema de avaliação de desempenho considerado ultrapassado e subjetivo.
Este último, segundo relatos, pode obstruir o avanço na carreira por motivos triviais, como a não participação em eventos sociais de superiores.
Além disso, menciona-se a existência de uma “hereditariedade” nas Forças, na qual familiares de oficiais de alta patente teriam vantagens no acesso a posições e cargos de destaque.
O setor médico também enfrenta desafios específicos, como uma elevada carga de trabalho e interferências dos comandos nas decisões médicas, aspectos que contribuem para o descontentamento e, eventualmente, para a solicitação de desligamento do serviço ativo.
A decisão de deixar as Forças Armadas reflete não apenas descontentamentos individuais, mas aponta para questionamentos mais profundos sobre as perspectivas de carreira e a cultura organizacional nas organizações militares.
Oficiais que solicitaram demissão são, em sua maioria, jovens com potencial para uma longa e promissora trajetória militar, sugerindo que as razões para tais saídas vão além de questões pontuais, envolvendo considerações sobre a adequação dos valores e práticas das Forças Armadas aos anseios e expectativas dessa nova geração de militares.
Veja a seguir algumas portarias oficiais do Exército registrando pedidos de demissão das FA que foram concedidos desde 1 de janeiro de 2024 de oficiais de academias de elite e/ou profissões de altíssima necessidade para as instituições militares.
PORTARIA – DSM/DGP/C EX Nº 18, DE 6 DE MARÇO DE 2024
O DIRETOR DE SERVIÇO MILITAR … resolve:
DEMITIR, a pedido, do Exército Brasileiro, sem indenização à União Federal, o Cap Inf (022031684-8) L P N, e incluí-lo com o mesmo posto na reserva não remunerada.
PORTARIA – DSM/DGP/C EX Nº 19, DE 6 DE MARÇO DE 2024
O DIRETOR DE SERVIÇO MILITAR … resolve:
DEMITIR a pedido, do Exército Brasileiro, sem indenização à União Federal, o Cap Cav (022094444-1) D De O M, e incluí-lo com o mesmo posto na reserva não remunerada.
PORTARIA DSM/DGP/C EX Nº 16, DE 9 DE FEVEREIRO DE 2024
O DIRETOR DE SERVIÇO MILITAR … resolve:
DEMITIR, a pedido, do Exército Brasileiro, sem indenização à União Federal, o Cap Art (020231397-9) A G P J, e incluí-lo com o mesmo posto na reserva não remunerada.
PORTARIA DSM/DGP/C EX Nº 17, DE 9 DE FEVEREIRO DE 2024
O DIRETOR DE SERVIÇO MILITAR … resolve:
DEMITIR, a pedido, do Exército Brasileiro, sem indenização à União Federal, o Cap Inf (020269057-4) M T B, e incluí-lo com o mesmo posto na reserva não remunerada.
PORTARIA – DSM/DGP/C EX Nº 5, DE 1º DE FEVEREIRO DE 2024
O DIRETOR DE SERVIÇO MILITAR … resolve:
DEMITIR, a pedido, do Exército Brasileiro, sem indenização à União Federal, o Cap Med (011667325-2) V K N, e incluí-lo com o mesmo posto na reserva não remunerada.
PORTARIA – DSM/DGP/C EX Nº 2, DE 19 DE JANEIRO DE 2024
O DIRETOR DE SERVIÇO MILITAR … resolve:
DEMITIR, a pedido, do Exército Brasileiro, sem indenização à União Federal, o 1º Ten Eng (020399217-7) H T, e incluí-lo com o mesmo posto na reserva não remunerada.
Respostas de 7
Boa noite, uma pena, mas com estes generais melancias, fica dificil , que saudades dos oficiais de outrora, grande homens, grande carater e patriotas.
Qualquer brasileiro está percebendo que não há mais um motivo pelo qual lutar.
Acho que é vergonha de fazer parte de uma entidade militar que se quedou a um meliante.
Impressionante a inversão da Hierarquia Militar provocada sob ordens de Portarias.
Um Professor da Academia Militar, mais antigo do que um Cadete aluno da mesma Academia, torna-se mais moderno, em alguns anos do que o Cadete que foi seu aluno.
O memo ocorre com um Medico especialista, com 12 anos de Formação Médica, que entra como Primeiro Tenente, em alguns anos inverte a Hierarquia Militar e torna-se Capitão mais moderno que o kesmo Oficial de Arma. Estão criando castas de Oficiais melhores e piores. Iguais às Castas da Índia. Os Oficiais de Arma estão na Casta Superior, e os outros são Dalits. Isto começou com a Portaria do Gen Montedonio, que ampliou o interstício de Ten para Cap dos Médicos de 4 para 6 anos e reduziu o mesmo interstício para os Oficiais de Arma, fazendo com que um Ten Médico mais antigo torne-se Cap mais moderno do quê um Oficial de Arma. Depois com o aumentro do tempo de Serviço para 35 anos, mais discriminação ocorreu, beneficiando os interstícios para os Oficiais formados na AMAN.
Paulo será que estou errado, mas a desestimular as forças armadas reduzindo seus contingentes é uma tática para facilitar seu domínio pela Pátria Grande Comunista. Muito visível a forma de enfraquecer. Forte abraço e obrigado pelo trabalho patriota e imparcial pelo Brasil.
Olá Paulo.
Essa é a grande falha de pessoas que gostam do que é certo, pois abandonam a luta ao invés de ficar e lutar, e é isso é o que a esquerda quer, que essas pessoas desocupem os espaços para que ela ocupe com seus membros.
A fraqueza dos bons gera o domínio dos maus.
A insegurança em todos os aspectos, pelo menos é o que parece, provável causa dessa debandada. A busca de oportunidades melhores, ganhos melhores tendo boa formação e experiência, é natural enquanto se é jovem . As FFAA irão sentir num futuro não muito distante o efeito negativo internamente nas corporações, enquanto isso há quem aplauda esse desmonte. O que fazer? A própria FFAA sabe como reverter isso ou como “…estancar essa sangria…)