O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estendeu, nesta sexta-feira (3), por mais 30 dias, a Garantia de Lei e da Ordem (GLO), que autoriza militares do Exército, da Marinha e da Força Aérea Brasileira (FAB) a atuarem no combate ao tráfico de drogas e armas em portos e aeroportos do país.
A GLO, que originalmente tinha validade até dia 03 deste mês, agora continuará em vigor até 4 de junho.
Essa decisão foi tomada com base em um parecer apresentado pelos ministros da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e da Defesa, José Múcio Monteiro, com a concordância do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.
Segundo o governo, a prorrogação considerou a necessidade de concluir algumas medidas pendentes e avaliou os bons resultados alcançados até o momento.
O Ministério da Justiça destacou que o conhecimento gerado e as ações de inteligência desenvolvidas e aprimoradas “representam um legado para a gestão da segurança pública no país e, especialmente, para os cidadãos brasileiros”.
A autorização para a realização da GLO foi concedida por Lula em novembro de 2023.
Mas o que exatamente a GLO permite ao governo fazer?
Por meio dessa medida, o governo federal, com o auxílio das Forças Armadas e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), pode atuar em operações nos seguintes locais: Porto do Rio de Janeiro, Porto de Itaguaí (RJ), Porto de Santos (SP), Aeroporto do Galeão (RJ) e Aeroporto de Guarulhos (SP).
É importante ressaltar que a GLO tem validade apenas em territórios federais.
Quais são os resultados obtidos até agora com a GLO?
Desde novembro, foram apreendidas:
- 172,3 toneladas de drogas, incluindo 12,4 toneladas de cocaína e 5,4 toneladas de pasta-base de cocaína;
- 282 armas, sendo 30 fuzis; e
- 11,2 mil munições, incluindo 10 granadas.
Além disso, 3.178 pessoas foram presas. Também foram realizadas 11,2 mil fiscalizações em embarcações, inspecionadas 107,6 mil cargas e vistoriados 7,8 mil contêineres
Qual valor foi gasto com a GLO?
O valor gasto em diárias e custos operacionais foi de R$ 215,6 milhões, divididos da seguinte maneira:
- Polícia Federal (R$ 3,2 milhões);
- Força Nacional (R$ 1,5 milhão);
- Forças Armadas (R$ 182 milhões); e
- Polícia Rodoviária Federal (R$ 28 milhões).