Relatório diz que o governo brasileiro aplicava uma taxa média de 11,2% sobre as importações em 2023, enquanto a dos EUA era de 3,3%
O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Republicano), voltou a mencionar tarifas comerciais altas do Brasil ao criticar o trabalho da OMC (Organização Mundial do Comércio) em um relatório entregue ao Congresso na 2ª feira (3.mar.2025).
Segundo o texto, o governo brasileiro tinha uma tarifa consolidada de 31,4% e aplicava uma tarifa média de 11,2% sobre importações em 2023, enquanto as dos EUA eram de 3,4% e 3,3%, respectivamente.
Para os Estados Unidos, as tarifas médias consolidadas e as tarifas efetivamente aplicadas de outros países são muito superiores em comparação com as norte-americanas porque a OMC falhou em reduzir desigualdades e desequilíbrios no comércio global desde sua criação em 1995.
A tarifa consolidada representa o limite máximo que um país pode aplicar sobre a importação de bens de outros países, conforme os acordos da Organização Mundial do Comércio.
Essa não é a 1ª vez que os EUA mencionam o Brasil para exemplificar práticas comerciais consideradas injustas. Em fevereiro, Trump citou a alta de compra do aço e alumínio chinês pelo Brasil no decreto que oficializou a taxação de 25% sobre os produtos.
Também mencionou o etanol brasileiro no decreto em que estabelece um plano para aplicar tarifas recíprocas aos países que cobram taxas de importação sobre produtos norte-americanos. Afirmou ainda que o Brasil é um dos países que “taxam demais”.