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GRAVE: Dona do Instagram é investigada por utilizar dados de brasileiros para treinar inteligência artificial

GRAVE: Dona do Instagram é investigada por utilizar dados de brasileiros para treinar inteligência artificial

Créditos: Omkar Patyane

A gigante de tecnologia Meta, conhecida por administrar plataformas como Facebook, Instagram e WhatsApp, entrou recentemente no radar do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Isso ocorreu após a empresa atualizar seus termos de uso e privacidade, que agora incluem a utilização de dados pessoais dos usuários para treinar sistemas de Inteligência Artificial (IA).

A mudança gerou controvérsia e levou à instauração de um procedimento preliminar pelo Cade na última quarta-feira. A Meta tem até o dia 22 de julho para fornecer esclarecimentos sobre essa nova política, sob risco de uma penalidade financeira diária que pode chegar a aumentos consideráveis.

O que diz a nova política de uso de dados da Meta?

Segundo informações divulgadas, a Meta agora pode usar dados publicados por seus usuários em suas redes sociais para o desenvolvimento e treinamento de suas tecnologias de IA. Essa atualização foi vista como uma falta de transparência pelo governo, pois não havia uma comunicação efetiva aos usuários sobre a coleta e a finalidade específica do uso desses dados.

Por que essa questão é relevante?

A coleta de dados de usuários sem explicações claras e consentimento explícito contraria várias normativas de proteção de dados pessoais, como a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). Isso coloca a Meta sob escrutínio não apenas do Cade mas também de outros órgãos de defesa do consumidor, como a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), que já veio a público expressar preocupações similares.

Essa prática levanta questionamentos sobre o respeito aos direitos de privacidade dos usuários e abre precedentes para discussões legais importantes no campo do direito digital e da ética em tecnologia.

Quais são as possíveis consequências para a Meta?

Além da multa diária estabelecida pelo Cade, a continuidade dessa política pode gerar maiores complicações legais para a Meta. Isso inclui ações judiciais por parte de usuários e organizações de defesa do consumidor, além de uma possível desvalorização da imagem da empresa perante o público e o mercado. A longo prazo, isso pode afetar a confiança dos usuários nas plataformas da empresa, impactando diretamente seu desempenho e resultados.

Futuro da Regulamentação de Tecnologia

  • Revisão de Termos de Uso: As empresas poderão ser obrigadas a tornar seus termos de uso mais claros e acessíveis.
  • Consentimento Explícito: A coleta de dados só poderá ocorrer após um consentimento claro e documentado do usuário.
  • Maior Fiscalização: Órgãos regulatórios, como o Cade e a ANPD, podem intensificar a fiscalização sobre as práticas de uso de dados.

A resposta da Meta a essa investigação será crucial para entendermos como as grandes empresas de tecnologia irão se adaptar às exigências de transparência e ética no uso de dados. Isso também será uma indicação de como as leis brasileiras serão aplicadas no contexto digital cada vez mais globalizado e interconectado.

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