Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) lmoça com advogado constitucionalista Ives Gandra nesta segunda-feira (9/12), em São Paulo
Indiciado pela Polícia Federal (PF) em ao menos três inquéritos, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) resolveu se aconselhar com o advogado constitucionalista Ives Gandra Martins.
Nesta segunda-feira (9/12), Bolsonaro aproveitou viagem a São Paulo para almoçar com o jurista. O encontro foi intermediado por parlamentares paulistas de direita, segundo apurou a coluna.
Nos últimos meses, Bolsonaro foi indiciado pela PF em ao menos três inquéritos: o das joias sauditas, o da falsificação de certificados de vacinação contra Covid-19 e do suposto do golpe.
Ives Gadra citado no inquérito
O nome de Ives Gandra chegou a ser citado na investigação sobre o “golpe de Estado”, devido a um arquivo encontrado no celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
O arquivo, intitulado “Análise Ideia Ives Gandra,” traz uma interpretação jurídica do jurista sobre o artigo 142º, que sugere o papel das Forças Armadas como possíveis garantidoras dos poderes constitucionais.
O conteúdo teria sido enviado por Gandra a um ex-aluno do curso de Comando e Estado-Maior do Exército, após o jurista ser questionado se as Forças Armadas poderiam atuar como poder moderador.
Em sua resposta, Ives Gandra disse que o emprego das Forças Armadas “poderia ocorrer em situação de normalidade caso, no conflito em questão, um dos poderes apelassem a eles, no caso de não haver outra solução”.
Embora o advogado não tenha sido indiciado, a menção no inquérito fez com que ele se tornasse alvo de uma representação movida pela Associação Brasileira de Imprensa e pelo Movimento Nacional dos Direitos Humanos.
Na representação, as duas entidades argumentam que a interpretação enviada pelo jurista foi usada por pessoas envolvidas com investidas “golpistas” e seria uma forma de incitá-las.