Lula reforça crítica a Trump, diz que vai taxar big techs e que não quer ser “imperador do mundo”

Presidente brasileiro reforçou críticas a Trump e a Bolsonaro que, segundo ele, teria ido pedir ajuda aos EUA.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ameaçou taxar empresas de tecnologia dos Estados Unidos que operam no Brasil como uma retaliação ao tarifaço imposto por Donald Trump aos produtos importados do país. A nova crítica foi feita nesta quinta (17) em meio à tentativa de negociação liderada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) com autoridades norte-americanas.

Lula reforçou que o Brasil é um país soberano que não aceita que “ninguém se meta nos nossos problemas internos” e nem a ameaça de Trump de taxação “se não liberar Bolsonaro”. Uma das justificativas do presidente dos Estados Unidos foi de que a Justiça brasileira faz uma “caça às bruxas” no processo da suposta tentativa de golpe de Estado.

“Ele [Trump] disse que não queria que as empresas fossem cobradas no Brasil. O mundo tem que saber que esse país é soberano porque o povo tem orgulho. E a gente vai comprar imposto das empresas americanas digitais”, afirmou Lula em um evento da União Nacional dos Estudantes (UNE) em Goiânia.

Segundo Lula, Trump ignorou a relação diplomática de 201 anos com os Estados Unidos ao divulgar a taxação, além do déficit comercial do Brasil de US$ 410 bilhões em 15 anos. O petista ainda reforçou que Bolsonaro responde ao processo junto de “generais quatro estrelas presos”.

“Tentaram dar um golpe e com insinuações de que tinha que matar Lula, Moraes e meu vice. Não tiveram coragem de fazer. Essa gente vai ser julgada e quem esta julgando eles são os ministros”, afirmou.

Lula ainda chamou Bolsonaro de “patriota falso” que, na visão dele, “fica abraçado na bandeira americana” ao supostamente pedir ajuda aos Estados Unidos para interferir no processo a que responde no Supremo Tribunal Federal (STF).

“[Bolsonaro] manda o filho dele para os Estados Unidos, ‘vai lá pedir pro Trump me absolver, vai lá, vai lá pedir, vai’. E fica abraçado na bandeira americana, esse patriota falso. Nós vamos tomar a bandeira verde e amarela. A bandeira verde e amarela vai voltar a ser do povo brasileiro”, disparou.

Além das críticas a Trump e a Bolsonaro, Lula afirmou à CNN Internacional que não foi eleito “para ser o imperador do mundo”, numa citação que tem sido comum ao se referir ao seu homólogo norte-americano. O petista afirmou, em outras declarações recentes, que o mundo não quer um “imperador”, e que Trump foi eleito para presidir os Estados Unidos, e não outros países.

Crédito Gazeta do Povo

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