A investigação estava parada havia 2 anos; deputado federal é acusado de receber R$ 100 mil para repassar informações a uma organização criminosa
O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o prosseguimento do inquérito que investiga o deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), parado havia quase dois anos.
O caso apura suspeita de que ele receberia R$ 100 mil mensais para repassar listas de trabalhadores demitidos a uma organização criminosa ligada a ações trabalhistas.
Paulinho é o relator do chamado PL da Dosimetria, aprovado pela Câmara dos Deputados na madrugada desta quarta-feira feira. A proposta pode reduzir penas de condenados pelos atos de 8 de janeiro e beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro, sentenciado a 27 anos e três meses por tentativa de golpe de Estado.
O inquérito contra Paulinho da Força
O inquérito travou depois que Paulinho da Força perdeu o mandato e, com isso, o foro privilegiado. A Polícia Federal perguntou ao STF, ainda em 2023, se o caso deveria seguir na Corte ou ser enviado à primeira instância.
O deputado voltou à Câmara dos Deputados em novembro de 2023, como suplente, depois da cassação de Marcelo Lima (Solidariedade-SP), mas o processo seguiu sem decisão.
Em 11 de novembro, a PF cobrou nova definição. Mendonça, em despacho datado de 4 de dezembro e publicado na terça-feira 10, enviou o caso à Procuradoria-Geral da República para manifestação.
A defesa nega irregularidades e afirma que o inquérito “se arrasta sem rumo, sem justa causa e sem impulso eficaz”, o que violaria direitos fundamentais do parlamentar.





