O cenário político para a eleição de 2024 em São Paulo está agitado com a candidatura de Ricardo Nunes (MDB), que busca a reeleição como prefeito da maior cidade do Brasil. Nunes, apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, gerou polêmica ao afirmar, em entrevista ao programa Balanço Geral da TV Record, que aceitaria indicações de Bolsonaro para compor seu secretariado em um eventual novo governo.
Durante a entrevista, Nunes declarou abertamente que aceitaria um nome como Paulo Guedes, ex-ministro da Economia sob o governo Bolsonaro, para o cargo de secretário da Fazenda. A declaração veio em resposta a uma pergunta sobre como ele lidaria com indicações do ex-presidente, indicando a disposição de manter uma equipe técnica, mas aberta a sugestões de Bolsonaro, desde que sejam nomes considerados positivos.
A relação entre Nunes e Bolsonaro tem sido um ponto central na campanha, com o adversário Guilherme Boulos (PSol) frequentemente desafiando o emedebista a esclarecer o papel do ex-presidente em sua potencial futura administração. A questão da influência bolsonarista na composição do governo municipal de São Paulo tem sido levada a público por Boulos em diversos eventos de campanha.
Guilherme Boulos, em uma sabatina, criticou duramente a ausência de Nunes, que não compareceu ao debate proposto. Boulos aproveitou o momento para questionar quais secretários oriundos das indicações bolsonaristas Nunes consideraria.
Segundo Boulos, há um receio de que Nunes seja apenas um “prefeito laranja”, termo usado por ele para insinuar que outras forças, especialmente de alinhamento bolsonarista, poderiam governar efetivamente São Paulo caso Nunes fosse reeleito.