Medida ameaça o fluxo global de petróleo e pode elevar preços a níveis recordes
O Parlamento do Irã aprovou neste domingo, 22, o fechamento do Estreito de Ormuz. A medida funciona como retaliação ao ataque ordenado pelos Estados Unidos contra instalações nucleares no país. As informações foram divulgadas pelo g1.
A decisão ainda depende do aval do Conselho Supremo de Segurança Nacional e do aiatolá Ali Khamenei para entrar em vigor. A possível interrupção do tráfego na via marítima ameaça o transporte de cerca de 20% do petróleo comercializado no mundo.
Especialistas consideram a região entre Omã e o Irã estratégica para o fornecimento de energia global. A Quinta Frota da Marinha dos EUA, baseada no Bahrein, mantém vigilância na área para proteger a navegação comercial.
Fechamento de Ormuz eleva tensão e pressiona preço do petróleo
Analistas já apontam riscos para o mercado de energia. O preço do petróleo subiu desde o início do confronto entre Israel e Irã, em 13 de junho. O barril tipo Brent, referência global, saltou de US$ 69,36 para US$ 78,74 no período. O WTI, usado nos Estados Unidos, avançou de US$ 66,64 para US$ 73,88.
O banco JPMorgan prevê que, em cenário extremo, o preço do barril pode chegar a US$ 130. O estreito é a principal rota de exportação de petróleo de membros da OPEP, como Arábia Saudita, Irã, Emirados Árabes, Kuwait e Iraque.
Além disso, o Catar também depende da passagem para enviar sua produção de gás natural liquefeito. O Irã já ameaçou bloquear Ormuz em outras ocasiões, mas nunca concretizou a medida.
A última vez ocorreu em 2019, durante o impasse sobre o acordo nuclear. O Estreito de Ormuz tem 33 quilômetros de largura em seu ponto mais estreito, com canais de navegação de apenas 3 quilômetros em cada direção.
Crédito Revista Oeste