“Quem ganha mais de 1 milhão/ano vai pagar mais e tirar o sofrimento dos pobres”, diz Lula sobre imposto para os super-ricos

Em viagem a Itália, Lula afirma que a proposta permitiria arrecadar o valor necessário para enfrentar a fome global

Lula voltou a defender a criação de um imposto internacional voltado aos super-ricos. Em discurso nesta segunda-feira (13), durante o Fórum Mundial da Alimentação, em Roma, o petista sugeriu uma taxação global de 2% sobre grandes patrimônios. Para ele, o valor arrecadado desse grupo pode ser a solução para combater a fome no mundo.

“O mundo produz comida suficiente para alimentar uma vez e meia a população mundial. Ainda assim, 673 milhões de pessoas, segundo a FAO, estão em situação de insegurança alimentar. Com base em dados do Programa Mundial de Alimentos, é possível estimar que garantir três refeições diárias a essas pessoas custaria cerca de US$ 315 bilhões. Isso representa 12% dos US$ 2,7 mil bilhões consumidos anualmente com gastos em armas”, disse Lula.

Propostas fiscais internas 

Ele afirmou que a proposta permitiria arrecadar o valor necessário para enfrentar a fome global. “Estabelecendo um imposto global de 2% sobre os ativos de super-ricos, obteríamos este montante”, completou.

Lula aproveitou o discurso para citar medidas internas de seu governo, como o projeto aprovado pela Câmara que isenta de Imposto de Renda quem recebe até R$ 5 mil mensais. O texto segue para o Senado.

“No Brasil, nós acabamos de aprovar uma lei que nenhum trabalhador que ganha até R$ 5 mil, equivalente a US$ 1 mil, pagará mais Imposto de Renda. Aprovamos, ao mesmo tempo, que todas as pessoas que ganham acima de R$ 1 milhão por ano irão pagar um pouco mais, para que a gente possa tirar o sofrimento dos mais pobres”, afirmou.

Crédito Cláudio Dantas

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